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Facebook bane páginas e grupos ligados à teoria da conspiração QAnon

Rede social classifica movimento conspiracionista pró-Trump como perigoso

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Belo Horizonte

O Facebook classificou nesta terça-feira (6) como perigoso o movimento da teoria da conspiração QAnon e começou a remover páginas dedicadas ao grupo na rede social, assim como contas do Instagram que se identificam como seus representantes.

A medida amplia uma determinação de agosto que proibiu um terço dos grupos QAnon por promover violência, embora tenha deixado que a maioria deles permanecesse no ar com restrições na frequência com que o conteúdo aparece em feeds de notícias.

Em vez de atuar a partir de denúncias de usuários, a equipe do Facebook agora tratará o QAnon como outras entidades militarizadas, ativamente procurando e excluindo grupos e páginas, afirmou a empresa.

Mulher ergue boné com o logo do movimento QAnon durante comício do presidente Donald Trump na Pensilvânia
Mulher ergue boné com o logo do movimento QAnon durante comício do presidente Donald Trump na Pensilvânia - Al Drago - 2.ago.18/The New York Times

O movimento é impulsionado por um anônimo apelidado de Q, que afirma ser integrante do governo americano. A teoria central, sem fundamento, é de que o presidente Donald Trump está secretamente liderando uma repressão contra uma enorme rede de pedófilos que inclui importantes democratas e a elite de Hollywood.

Segundo seus membros, a salvação só virá após uma intensa mobilização conservadora que vencerá essa classe. O momento tem vários nomes: “Reset” (reinício), “Grande Tempestade” ou “Grande Despertar”.

O FBI classifica o QAnon como uma potencial ameaça de terrorismo doméstico.

Desde as restrições de agosto, alguns grupos do movimento adicionaram membros, e outros passaram a usar linguagem codificada para evitar a detecção.

Enquanto isso, adeptos trabalhavam para se integrar a novos grupos, como aqueles preocupados com a segurança de crianças e dedicados a criticar medidas contra aglomerações devido ao coronavírus, de acordo com pesquisadores do Facebook e de fora da empresa.

“Embora tenhamos removido todas as publicações do QAnon que incitam e apoiam o uso de violência, temos visto outros conteúdos do movimento ligados a diferentes formas de causar danos no mundo real, incluindo alegações recentes de que os incêndios florestais na Costa Oeste foram iniciados por certos grupos”, escreveu o Facebook.

“As mensagens do QAnon mudam muito rapidamente, e vemos redes de apoiadores ganharem audiência com uma mensagem e, em seguida, mudar rapidamente para outra.”

Postagens recentes do QAnon espalharam informações falsas sobre a eleição e sobre a Covid-19, disseram os pesquisadores, e alegaram até mesmo que o presidente dos EUA, Donald Trump, falsificou seu diagnóstico de Covid-19 para orquestrar prisões secretas.

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