Descrição de chapéu clima

Incêndios florestais na Turquia deixam 6 mortos e milhares de desabrigados

Fogo é comum nesta época do ano no sul do país, mas autoridades dizem que área atingida é maior que o esperado

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Manavgat (Turquia) | Reuters

A Turquia registrou ao menos cem focos de incêndio florestal ao longo dos últimos dias no sul do país. O fogo deixou seis mortos e forçou milhares de pessoas a buscarem abrigo.

Ondas de calor e a baixa umidade do ar são fatores que propiciam incêndios florestais em países do Mediterrâneo, como a Turquia, durante o verão do hemisfério norte. Mas as autoridades turcas dizem que a área devastada pelo fogo desta vez é maior do que o esperado.

Dos 101 focos de incêndio registrados ao longo da semana, 91 já foram controlados, informou o ministro turco da Agricultura e das Florestas, Bekir Pakdemirli.

Na província costeira de Antália, que ainda registra incêndios ativos, a temperatura pode chegar a 47º C durante a próxima semana, de acordo com as autoridades meteorológicas da Turquia.

O presidente Recep Tayyip Erdogan visitou neste sábado (31) áreas afetadas pelo fogo na cidade de Manavga, na província de Antália, e prometeu que todas as casas destruídas seriam reconstruídas e que as pessoas atingidas seriam indenizadas.

Erdogan também afirmou que Azerbaijão, Rússia, Irã e Ucrânia enviaram aviões-tanque e equipes de apoio às áreas afetadas.

Mehmet Demir, morador de Manavga que teve a sua casa destruída pelo fogo, disse à agência de notícias Reuters que "as chamas se espalharam pelas montanhas e arderam de repente".

"Tudo que resta agora para mim e minha mulher são as roupas do nosso corpo. Não podemos fazer nada", lamentou.

Incêndios florestais intensos também têm sido registrados em outros países do hemisfério norte nas últimas semanas, como na Grécia e na Itália, bem como na costa oeste dos Estados Unidos e no Canadá. Ao mesmo tempo, chuvas fortes sem precedentes têm atingido a Alemanha e a China.

De acordo com especialistas, o aumento das temperaturas em nível global decorrente da atividade humana gera um acúmulo de energia na atmosfera que se dissipa por meio de eventos climáticos extremos, que tendem a se tornar cada vez mais poderosos e mais frequentes.

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