Descrição de chapéu Governo Biden Coronavírus

Biden recebe terceira dose da vacina e rejeita críticas a pouca ajuda dos EUA

Presidente americano instou população a se imunizar e empresas a adotarem protocolos mais rígidos

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Washington | Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, passou a integrar a lista de líderes globais que já receberam a terceira dose da vacina contra a Covid-19. O democrata tomou a dose de reforço do imunizante da Pfizer nesta segunda-feira (27), na Casa Branca, em Washington.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) aprovou na sexta (24) a dose extra para um grupo ampliado de americanos, que inclui pessoas com 65 anos ou mais e adultos com fatores de risco para desenvolver a forma grave da doença.

Biden tem 78 anos e recebeu as duas primeiras doses da vacina antes de assumir a Presidência. Ele afirmou que a primeira-dama, Jill, 70, deve receber o reforço em breve.

O presidente dos EUA, Joe Biden, recebe a terceira dose da vacina contra a Covid - Kevin Lamarque - 27.set.21/Reuters

"Os reforços são necessários, mas a coisa mais importante é vacinar mais pessoas", disse ele, pouco antes de receber o imunizante. Biden acrescentou que a maioria dos americanos está "fazendo a coisa certa" e tomando a vacina, mas que uma minoria está causando "muitos danos para o resto do país".

O presidente americano também rejeitou as críticas de que os EUA deveriam distribuir mais vacinas em todo o mundo antes de permitir o reforço entre os americanos. "Vamos fazer a nossa parte", disse.

No final da semana, segundo declarou nesta segunda, Biden vai viajar para a cidade de Chicago para pedir que mais empresas privadas implementem requisitos rígidos em relação à vacina.

No início do mês, a Casa Branca lançou um plano de vacinação obrigatória que atingiria dois terços dos trabalhadores, em um esforço para derrotar a variante delta do coronavírus, que tem gerado uma onda de contágios e alta no número de infecções e mortes.

Desde o início da pandemia, os EUA registraram cerca de 43 milhões de casos da doença e 688 mil mortes, o que coloca o país na liderança global em números absolutos.

Pouco mais de 63% dos americanos receberam ao menos uma dose da vacina contra a Covid, e 54,6% estão com o esquema vacinal completo (duas doses ou a dose única do imunizante), de acordo com dados da plataforma Our World in Data.

Enquanto o mundo debate a estratégia de aplicar uma terceira dose das vacinas contra a Covid-19 e alguns países, como o Brasil, começam a adotar esse complemento na imunização, ao menos outros dois líderes mundiais, além de Biden, já receberam o reforço.

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, 49, tomou a terceira dose da vacina da Pfizer no dia 20 de setembro, quando o país estendeu a possibilidade do reforço para pessoas com mais de 40 anos.

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, 48, também recebeu a terceira dose há cerca de um mês. Ele havia sido imunizado com duas doses da Coronavac, nos meses de março e abril, e recebeu um reforço da vacina da Pfizer.

As críticas à dose de reforço se dão em razão da desigualdade global no acesso a imunizantes. Contrariando metas estabelecidas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), somente 2% das pessoas em nações de baixa renda receberam ao menos uma dose. Mais de 50 países não atingiram a meta de vacinar 10% da população contra Covid até o final do mês de setembro.

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