Ex-militar americano invade casa e mata 4 da mesma família na Flórida

Atirador serviu no Afeganistão e apresenta sintomas de estresse pós-traumático, disse xerife

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São Paulo

Um ex-militar dos EUA matou quatro pessoas de uma mesma família na Flórida neste domingo (5), incluindo uma criança, e trocou tiros com a polícia, segundo o jornal americano The New York Times.

O caso aconteceu durante a madrugada, no condado de Polk, no sul do país, próximo à cidade de Orlando.

Ao todo, quatro pessoas foram mortas: um homem de 40 anos, uma mulher de 33, o bebê do casal, de 3 meses, e a avó, 62. Uma menina de 11 anos foi ferida com sete tiros e passa por uma cirurgia, de acordo com a agência de notícias Reuters. O atirador também matou o cachorro da família.

Casa na Flórida onde ex-militar dos EUA matou família e trocou tiros com a polícia
Casa na Flórida onde ex-militar dos EUA matou família e trocou tiros com a polícia - Twitter/Reprodução

​Os investigadores ainda não sabem o que motivou o ataque e não conseguiram estabelecer uma possível conexão entre o assassino e as vítimas. O atirador foi identificado como Bryan J. Riley, de 33 anos, morador de Brandon. Segundo o jornal, ele hoje trabalha com segurança privada.

O homem serviu às Forças Armadas dos Estados Unidos no Afeganistão —não está claro se ele esteve lá recentemente, nas operações de retirada das tropas do país— e no Iraque. De acordo com as autoridades locais, a namorada dele disse que o ex-militar tem sintomas de estresse pós-traumático e depressão. No momento do ataque, o atirador usava colete à prova de balas e roupas camufladas.

O atirador fez uma barricada e trocou tiros com a polícia até ser ferido, quando enfim se rendeu e foi preso, informou o xerife Grady Judd a jornalistas. No hospital, o criminoso ainda tentou roubar a arma de um policial e precisou ser medicado. Ele confessou ter usado metanfetamina antes do crime. "Ele disse aos detetives: 'Eles imploraram pelas suas vidas, e eu os matei de qualquer forma'", disse o xerife.

Segundo Judd, ainda na noite de sábado uma mulher ligou para a polícia e disse que um homem suspeito estava em um veículo estacionado no bairro. O homem teria dito a ela: "Deus me enviou aqui para falar com uma de suas filhas". A polícia atendeu o chamado, mas o homem já tinha ido embora.

Às 4h30 de domingo, porém, um policial ouviu dois disparos de arma de fogo, o que levou as autoridades até a casa, onde encontraram um veículo em chamas. Quando os agentes chegaram, ainda era possível ouvir uma mulher gritar e um bebê chorar de dentro da casa. Antes de a polícia entrar, robôs fizeram uma varredura para certificar que não haveria explosivos ou outras armadilhas na casa.

Segundo o xerife, Riley não tinha um histórico de crimes. A namorada disse aos policiais que recentemente ele disse que podia falar com Deus e que recebeu instruções para ajudar as vítimas do furacão Ida, para quem comprou US$ 1.000 em cigarros.

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