Descrição de chapéu Coronavírus Governo Biden

EUA vão suspender restrições nas fronteiras com México e Canadá, mas só para vacinados

Viajantes imunizados contra a Covid-19 poderão entrar em solo americano para atividades não essenciais, como visitas e turismo

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Washington | Reuters

O secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, anunciou nesta quarta-feira (13) que, a partir de novembro, serão suspensas as restrições nas fronteiras terrestres com México e Canadá, em vigor desde março de 2020 devido à pandemia de coronavírus.

Segundo Mayorkas, viajantes dos dois países poderão entrar nos EUA por terra ou por balsa para fins não essenciais, como visitas a familiares ou a turismo, desde que estejam totalmente vacinados contra a Covid. A permissão passa a valer no próximo mês, em data que será anunciada "muito em breve".

Bandeiras do México, do Canadá e dos Estados Unidos em prédio da cidade de Detroit - Rebeca Cook - 29.ago.18/Reuters

As novas regras são semelhantes às que foram anunciadas para viajantes internacionais. Os estrangeiros que cruzarem a fronteira por terra ou balsa precisarão ter recebido a vacina contra o coronavírus, mas só deverão apresentar documentos que comprovem a imunização ou testes de detecção com resultado negativo se forem encaminhados pela Patrulha de Fronteira dos EUA para inspeções secundárias.

Tanto o comprovante de imunização quanto o teste negativo, no entanto, seguirão sendo exigidos de viajantes que embarcarem em voos para os EUA.

Legisladores de estados na fronteira dos EUA elogiaram a medida anunciada por Mayorkas, em particular devido ao fim do fechamento, que já dura 19 meses e prejudicou amplamente as comunidades locais.

"Desde o início da pandemia, membros de nossa comunidade transfronteiriça compartilhada sentiram a dor e as dificuldades do fechamento da fronteira terrestre. Essa dor está prestes a acabar", disse o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, de Nova York.

Para Maria Cantwell, senadora democrata pelo estado de Washington, a permissão "proporcionará um grande alívio para aqueles que estão esperando para ver amigos e entes queridos do Canadá".

Autoridades do governo de Joe Biden enfatizaram, porém, que a ordem conhecida como "Título 42" não será suspensa. Implementada por Donald Trump no início da pandemia, a medida, sob pretexto de proteger a saúde pública, facilita a expulsão imediata de pessoas que tentarem entrar no país de forma irregular, sem permitir que solicitem asilo em território americano.

A partir de janeiro, os EUA também passarão a exigir que visitantes em atividades essenciais, como caminhoneiros e profissionais de saúde, sejam vacinados para cruzar as fronteiras terrestres.

Em 20 de setembro, autoridades americanas anunciaram que voltariam a permitir a entrada de viajantes do Brasil e de outros 32 países a partir de novembro, desde que estivessem vacinados.

Na ocasião, o coordenador da resposta à pandemia na Casa Branca, Jeff Zients, mencionou que poderia haver variações nas regras de acordo com a marca dos imunizantes aceitos pelos EUA. A decisão caberia ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

O órgão se posicionou na semana passada, ao anunciar que o país vai passar a aceitar qualquer um dos imunizantes aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, a lista da entidade inclui, para uso emergencial, Coronavac (Sinovac), Pfizer/BioNTech, AstraZeneca, Janssen, Moderna e Sinopharm.

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