Menores de idade não precisarão de comprovante de vacina para entrar nos EUA

Governo Biden detalhou exigências; país voltará a receber turistas brasileiros a partir de 8 de novembro

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Washington | Reuters

O governo dos Estados Unidos detalhou nesta segunda-feira (25) quais serão as exigências para turistas que viajarão ao país a partir do dia 8 de novembro. De acordo com a Casa Branca, estrangeiros terão de estar completamente vacinados contra a Covid-19, mas a regra não se aplica a menores de 18 anos.

No momento do embarque, o viajante terá de apresentar à companhia aérea o certificado de vacinação —para brasileiros, pode ser emitido no aplicativo do Conecte SUS—, bem como um teste negativo para o coronavírus feito três dias antes da viagem.

Passageiros caminham com máscaras no aeroporto de Denver, no Colorado (EUA) - Kevin Mohatt - 24.nov.20/Reuters

Conforme já divulgado pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) neste mês, as vacinas autorizadas para uso nos EUA, bem como as que receberam aval da OMS (Organização Mundial da Saúde), atenderão aos critérios para viagens ao país. Isso inclui a Coronavac, além das outras aplicadas no Brasil.

Segundo o órgão, será permitida também a entrada de pessoas que receberam doses de diferentes imunizantes. No Brasil, há casos de quem tenha se vacinado com a AstraZeneca na primeira dose e com a Pfizer na segunda, devido a episódios de falta do imunizante produzido pela Fiocruz. Há também quem tenha tomado duas doses da Coronavac e recebido reforço da Pfizer.

Os viajantes também deverão fornecer às companhias aéreas informações de contato básicas e válidas antes de embarcar em voos para o país. "Isso permitirá que as companhias se coordenem melhor com as agências de saúde pública e compartilhem informações quando necessário", justificou um porta-voz da Casa Branca.

Crianças maiores de dois anos e adolescentes, apesar de não terem de comprovar imunização, também deverão apresentar o teste negativo. No caso de passageiros aéreos que sejam cidadãos americanos ou residentes legais e não estejam vacinados, as novas regras exigem um teste realizado um dia antes da partida para os EUA.

Ainda estará elegível para isenção quem não receber os imunizantes por questão de saúde e cidadãos de cerca de 50 países nos quais as taxas de vacinação são menores que 10% em razão do baixo acesso a imunizantes, conforme listas periódicas divulgadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Os que recebem isenção, porém, precisam se vacinar caso pretendam permanecer nos EUA por mais de 60 dias.

Restrições impostas no início da pandemia estão sendo levantadas, conforme anunciado pelo governo americano em setembro. Com isso, a entrada de brasileiros e de viajantes de outros países, como China, Índia e Reino Unido, volta a ser permitida.

Segundo o decreto assinado pelo presidente americano, "é do interesse dos EUA se distanciar de restrições [impostas] a cada país anteriormente aplicadas durante a pandemia de Covid-19 e adotar uma política que se baseia principalmente na vacinação para avançar para um retorno seguro das viagens aéreas internacionais para os EUA".

Essas restrições baniam a maioria dos cidadãos não americanos que tivessem passado, nos 14 dias anteriores à viagem, por Reino Unido, um dos 26 países do espaço Schengen de livre circulação na Europa, Irlanda, China, Índia, África do Sul, Irã e Brasil.


as regras para entrar os eua a partir de 8 de novembro

  • Serão aceitos os imunizantes com uso autorizado nos EUA e/ou liberados pela OMS. Atualmente, a lista da entidade inclui, para uso emergencial, Coronavac/Sinovac, Pfizer/BioNTech, AstraZeneca, Janssen, Moderna e Sinopharm;
  • Quem recebeu doses de diferentes fabricantes, desde que estejam na lista de autorizadas, poderá entrar no país;
  • O viajante terá de apresentar o certificado de vacinação —para brasileiros, pode ser emitido no aplicativo do Conecte SUS, em inglês. A exigência não se aplica a menores de 18 anos;
  • Será necessário apresentar um teste negativo para o coronavírus feito até três dias antes da viagem, mesmo para quem tem isenção do comprovante de vacinação;
  • Cidadãos americanos ou residentes legais que não estejam vacinados precisarão fazer um teste um dia antes da partida;
  • Apenas pessoas que por motivos médicos não possam receber os imunizantes ou cidadãos de 50 países nos quais as taxas de vacinação são menores que 10% em razão do baixo acesso aos fármacos estão isentos da exigência.
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