Descrição de chapéu Guerra na Ucrânia Rússia

O que sabemos sobre a guerra na Ucrânia

Leia a edição da newsletter Lá Fora

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Esta é a edição da newsletter Lá Fora. Quer recebê-la todas as quintas no seu email? Inscreva-se abaixo.

Na manhã desta quinta em Kiev (noite de quarta no Brasil), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou uma "operação militar especial" para "proteger a população do Donbass". A invasão da Ucrânia começou.

Explicamos abaixo o que se sabe até agora sobre ela. Acompanhe as atualizações sobre a guerra aqui.

Qual a origem do conflito? Há quatro meses, o alerta foi soado com a Ucrânia denunciando a movimentação de tropas russas em sua fronteira. De lá para cá, a crise escalou, diversas iniciativas diplomáticas foram tomadas.

Na segunda (21), Putin reconheceu duas autoproclamadas repúblicas separatistas do leste da Ucrânia.

  • O russo anunciou o envio de tropas à região, consolidando aos olhos ocidentais a ameaça de invasão do vizinho —pelo lado de Moscou, com o novo status das províncias, não haveria invasão, mas uma missão de paz e apoio a russos étnicos que vivem ali;
  • Em discurso, o presidente desmereceu a independência de Kiev, afirmando que a noção da Ucrânia como Estado é um mito —a história diz outra coisa. Nesta quarta, ainda sem soldados oficialmente em Donetsk e Lugansk, Putin disse topar negociar , mas que seus interesses são inegociáveis.

O cenário mudou às 5h45 desta quinta em Moscou (23h45 da quarta, 23, em Brasília), quando ele fez um pronunciamento –enquanto a ONU debatia a crise.

  • Anunciou uma "operação militar especial" para "proteger a população do Donbass" e disse querer trazer "desmilitarizar e desnazificar" a Ucrânia;
  • O comando militar das repúblicas rebeldes afirma que está avançando com suporte russo rumo às fronteiras que consideram suas, violando assim território ucraniano que estava sob Kiev.

O nome disso é guerra, invasão ainda que não total, relata o enviado a Moscou, Igor Gielow.

O que sabemos:
Há sinais claros de um ataque amplo, mas não se sabe se é uma invasão total nos termos colocados por Kiev e pelo Ocidente. Para o ministro do Interior ucraniano, Denis Monastirski, não há dúvidas. "A invasão da Ucrânia começou." O país está em estado de emergência desde esta quarta.

Explosões são ouvidas em diversos pontos do país. Houve relatos de Kiev, negados depois pelo governo, de forças russas desembarcando em Odessa, importante porto no mar Negro. Na cidade, segundo o governo ucraniano, morreram ao menos seis pessoas em ataques com mísseis.

TVs mostraram tanques que estariam invadindo o norte do país a partir de Belarus, sem confirmação independente. Por outro lado, Moscou falou que forças ucranianas "não estão resistindo a unidades russas", sem dizer onde. Também foi relatada a derrubada de cinco aviões e um helicóptero russos, o que Moscou nega.

Quais as reações? Após o primeiro avanço, ainda na segunda, o Ocidente correu para dar sinais de força.

Agora, Joe Biden afirmou que o país "será responsabilizado", apesar de apenas ter prometido sanções ainda mais duras em caso de ação armada de Putin. Uma Terceira Guerra Mundial não parece provável porque o próprio Biden já disse que a Otan não interviria militarmente, mas os riscos estão todos colocados.

Resposta russa: Putin já deu seu alerta: "Para qualquer um que considerar interferir de fora: se você o fizer, irá enfrentar consequências maiores do que qualquer uma que enfrentou na história. Todas as decisões relevantes foram tomadas, eu espero que você me ouça."

a semana no mundo em 8 tópicos

América do Norte

Europa

  • A União Europeia recomendou que seus membros deixem de exigir testes para viajantes vacinados e ampliem os imunizantes aceitos, incluindo os aprovados pela OMS —um sinal verde para quem tomou a Coronavac.

África

  • Sete crianças morreram e cinco ficaram feridas em um ataque aéreo do Exército nigeriano na região de Maradi, sul do Níger; autoridades do país acusaram o vizinho de ter cometido um erro.

América do Sul

Ásia

lá fora recomenda

Cartazes dos protestos "Black Lives Matter" em 2020, pendurados na cerca que protegia a Casa Branca, foram guardados por Nadine Seiler - Robin Fader

Nadine Seiler, 56, é uma migrante de Trinidad e Tobago que mora nos EUA e tinha passado meses em frente à Casa Branca no governo de Donald Trump em meio aos protestos do Black Lives Matter. Nesse tempo, cuidou dos cartazes colados nas grades colocadas pelo então presidente para proteger a residência oficial.

Com a chegada de Joe Biden e a remoção da estrutura, Seiler fotografou metodicamente a cerca e transformou-se na inesperada arquivista desse momento do país. Hoje, em meio ao cuidado com as peças, ela é procurada por museus interessadas nesse acervo popular.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.