Um banhista morreu após ser mordido por um tubarão em uma praia de Sydney, nesta quarta-feira (16), no primeiro ataque fatal na cidade australiana desde 1963. A vítima sofreu "ferimentos catastróficos", segundo a polícia e o serviço de emergência.
Testemunhas disseram à emissora local de TV ter visto o ataque a um banhista que usava roupa de mergulho. "Um homem estava nadando e um tubarão veio e o atacou verticalmente", contou Kris Linto ao canal Nove. "Escutamos um grito alto e nos viramos. Parecia que um carro tinha entrado na água, então o tubarão estava mastigando o corpo e havia sangue por toda parte."
Uma outra pessoa, que estava pescando nas pedras próximo ao local, disse à emissora ABC estimar que o animal tinha 4,5 metros de comprimento.
Segundo a polícia, os serviços de emergência foram chamados por volta das 16h35 no horário local (2h35 em Brasília) para o Buchan Point, na parte leste de Sydney. Os agentes, com assistência do Comando da Área Marinha e Salvamento da Vida de Surfista, atenderam ao chamado e localizaram os restos humanos na água.
A porta-voz do serviço de ambulância afirmou que o "paciente sofreu ferimentos catastróficos e não havia nada que os paramédicos pudessem fazer". As autoridades não divulgaram a identidade da vítima.
Em meio ao receio da população, o governo do estado de Nova Gales do Sul, onde fica Sydney, tem investido milhões de dólares em tecnologia em uma tentativa de reduzir ataques em sua costa, instalando redes em 51 praias, bem como drones e estações de rastreamento por satélite de tubarões brancos para enviar alertas quando um animal é localizado.
Ataques de tubarão parecem ter se tornado mais frequentes no Brasil, neste verão. Em novembro de 2021, Ubatuba registrou dois em menos de 15 dias —no dia 3 na praia do Lamberto e 11 dias depois na praia Grande.
A praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes (PE), também foi palco de dois incidentes em 2021 —um deles com morte.
O mais recente ataque que chamou a atenção no Brasil ocorreu no dia 28 de janeiro, na praia do Sueste, em Fernando de Noronha (PE). Uma menina de oito anos teve a perna amputada. O local foi fechado por tempo indeterminado.
Especialistas, porém, não atribuem isso a um aumento de animais nas águas do litoral brasileiro —e, sim, ao maior número de banhistas nas praias após o relaxamento de restrições impostas na pandemia.
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