Descrição de chapéu Governo Biden América Latina

EUA flexibilizam sanções contra Venezuela para promover diálogo político

Medida permitirá negociações limitadas com estatal petrolífera e vem semanas antes da realização da Cúpula das Américas

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Washington | AFP

Após aliviar restrições anteriormente impostas a Cuba, os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (17) a flexibilização de algumas sanções contra a Venezuela de Nicolás Maduro.

De acordo com a agência AFP, que citou um alto funcionário do governo americano, o objetivo do alívio nas restrições é promover o diálogo político entre a ditadura venezuelana e o governo de Joe Biden.

A repórteres ele disse esperar que uma das consequências principais do anúncio seja encorajar a retomada das negociações no México entre a ditadura e a oposição, sob mediação da Noruega.

O então vice-presidente dos EUA Joe Biden e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, durante cerimônia de posse de Dilma Rousseff, em Brasília
O então vice-presidente dos EUA Joe Biden e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, durante cerimônia de posse de Dilma Rousseff, em Brasília - 2.jan.15/Xinhua

À agência de notícias Associated Press dois funcionários que falaram sob condição de anonimato disseram que as mudanças permitirão à americana Chevron Corp, do ramo energético, negociar com a estatal petrolífera PDVSA —o que não autorizaria exportar petróleo de origem venezuelana.

Além disso, Carlos Erik Malpica-Flores, ex-funcionário da cúpula da PDVSA e sobrinho da primeira-dama da Venezuela, será removido de uma lista de sanções, ainda que dezenas de cidadãos do país sigam nela.

A rede americana CNN, também mencionando autoridades sob anonimato, afirmou que os EUA têm como objetivo promover medidas que permitam à Venezuela produzir mais petróleo e vender o combustível no mercado internacional, de modo a diminuir a dependência do país em relação à Rússia.​

A medida vem poucas semanas antes da Cúpula das Américas, reunião de líderes do continente que está marcada para o início de junho. Autoridades americanas indicaram que o evento pode priorizar regimes democráticos, cortando da lista as comitivas oficiais cubana, nicaraguense e venezuelana, ainda que governos esquerdistas de México e Bolívia tenham condicionado sua participação a esses convites.

O encontro, no entanto, contará com um representante da Venezuela nomeado pelo autoproclamado presidente Juan Guaidó —a quem Washington considera o líder legítimo do país.

Em relação a Cuba, na segunda (16), os EUA anunciaram medidas que, na prática, facilitam, entre outros pontos, o envio de dólares de cubanos que moram nos EUA para seus familiares na ilha.

O Departamento de Estado, responsável pela diplomacia americana, afirmou que o país suspenderá o limite das remessas a familiares, anteriormente fixado em US$ 1.000 por trimestre. Washington também permitirá que cubanos que morem no país enviem doações para pessoas da ilha que não sejam parentes.

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