Descrição de chapéu terrorismo

Segundo suspeito de ataques com faca no Canadá morre depois de ser preso

Myles Sanderson teria se autoinfligido ferimentos antes de detenção; outro acusado foi achado morto na segunda

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Saskatoon (Canadá) | Reuters

O segundo homem acusado de matar dez pessoas a facadas e ferir outras 18 na região de uma reserva indígena na província de Saskatchewan, no Canadá, morreu nesta quarta-feira (7) depois de ser preso pela polícia. A informação, antecipada pela TV Global News, foi confirmada pela polícia em entrevista coletiva à noite.

O crime ocorreu no domingo (4) e, no dia seguinte, o irmão do acusado —que também estaria envolvido nos ataques— foi encontrado morto com vários ferimentos.

Inicialmente, os investigadores informaram que Myles Sanderson, 32, havia sido detido perto da cidade de Rosthern, a 100 quilômetros de onde os assassinatos ocorreram. Segundo a Global News, o acusado se rendeu, e os agentes tentaram mantê-lo vivo até um hospital. Ele, porém, morreu minutos depois —acredita-se que ele tenha ferido a si próprio antes da detenção, e uma autópsia deve esclarecer o que aconteceu.

Policiais fazem operação em frente à casa onde uma das vítimas do esfaqueamento foi encontrada em Weldon, no Canadá
Policiais fazem operação em frente à casa onde uma das vítimas do esfaqueamento foi encontrada em Weldon, no Canadá - Lars Hagberg - 7.set.22/AFP

A prisão e a morte se deram horas depois de a polícia informar que um indivíduo com uma faca havia sido visto dirigindo uma caminhonete roubada na cidade de Wakaw, a leste de Rosthern. Os investigadores pediram então para que os moradores da região se abrigassem em locais seguros e tivessem cautela caso desconhecidos aparecessem em suas casas.

Nesta terça, os pais do acusado haviam pedido para que ele se entregasse. "Myles, entregue-se, por favor. Você pode fazer isso", disse sua mãe à emissora canadense CBC News. "Volte. Faça a coisa certa." O pai também falou a repórteres. "Não queremos mais nenhum mal. Não quero mais ninguém machucado. Por favor, meu filho. Eu te amo. Entregue-se. Fique seguro", disse. Os dois choraram ao dar entrevistas.

Myles tinha uma longa ficha criminal. A CBC News informou que ele era procurado pelas forças de segurança de uma cidade da província de Saskatchewan desde maio, quando parou de aparecer a encontros com o agente responsável por supervisionar sua liberdade condicional. Ele cumpriu pena por assalto, roubo, danos a propriedades e ameaça.

A polícia agora investiga se ele pode ter matado também o irmão, Damien, encontrado morto em um gramado próximo a uma casa que estava sendo alvo da apuração.

Segundo a corporação, os ataques do domingo aconteceram em localidades distintas em Saskatchewan, incluindo as comunidades de James Smith Cree Nation e Weldon, e 13 cenas de crime estão sendo investigadas.

Os acusados fugiram em um carro preto e há relatos de que eles estiveram em Regina, capital da província, a mais de 300 quilômetros das áreas atacadas. O alerta fez as buscas se estenderem para as províncias vizinhas de Manitoba e Alberta, uma vasta área com extensão equivalente a quase metade do continente europeu.

O episódio está entre os mais mortais da história recente do Canadá. A polícia diz que ainda apura as motivações do crime e que acredita que algumas das vítimas parecem ter sido alvo dos acusados, enquanto outras foram atacadas aleatoriamente.

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