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Biden e Xi farão reunião bilateral paralela ao G20

Presidente americano e líder chinês discutirão Taiwan, Guerra da Ucrânia e concorrência econômica

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Washington | Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o líder da China, Xi Jinping, se encontrarão na próxima segunda-feira (14), em Bali, na Indonésia, paralelamente à cúpula do G20, grupo que reúne 20 das maiores economias do mundo. A reunião entre os dois já era especulada nas últimas semanas e foi confirmada pela Casa Branca nesta quinta (10).

"Os líderes discutirão os esforços para manter e aprofundar as linhas de comunicação entre os Estados Unidos e a RPC [República Popular da China], gerenciar a concorrência com responsabilidade e trabalhar juntos onde nossos interesses se alinham, especialmente em desafios transnacionais que afetam a comunidade internacional", anunciou a Casa Branca em comunicado.

Montagem de fotos do presidente dos EUA, Joe Biden, e do líder da China, Xi Jinping
Montagem de fotos do presidente dos EUA, Joe Biden, e do líder da China, Xi Jinping - Mandel Ngan e Anthony Wallace/AFP

Uma autoridade do governo americano disse à agência de notícias Reuters que, na reunião, Biden mencionará Taiwan, onde as tensões se intensificaram após a visita em agosto da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha que Pequim considera rebelde. Esse será o primeiro encontro presencial entre os dois líderes desde que Biden assumiu a Presidência –os dois já se encontraram quando o americano era vice de Obama.

A Guerra da Ucrânia também deverá estar na pauta da reunião. Desde a invasão russa, a China resiste a apoiar sanções contra Moscou e a votar favoravelmente às resoluções da ONU que condenam as ações militares da Rússia, ainda que não manifeste abertamente apoio às tropas de Vladimir Putin.

O Kremlin, aliás, anunciou nesta quinta que o presidente russo não irá à cúpula do G20, ao contrário do que analistas previam. A decisão, confirmada pela embaixada russa na Indonésia, busca evitar que o líder seja confrontado por autoridades ocidentais em relação à guerra, que se prolonga há mais de oito meses.

O encontro entre Biden e Xi acontecerá na esteira de uma série de declarações equilibradas dos dois líderes nos últimos dias. Ainda no final de outubro, o chinês disse que os dois países precisam encontrar formas de entendimento para proteger a paz e o desenvolvimento global.

Segundo Xi, "o mundo de hoje não é pacífico nem tranquilo" e a China está "disposta a trabalhar com os EUA no respeito mútuo e na coexistência pacífica para encontrar formas de entendimento na nova era" –termo usado para destacar a guerra de influência entre Pequim e Washington.

O presidente americano, por sua vez, disse dias antes que os EUA "não buscam conflitos com a China".

Palavras à parte, Pequim apresentou nesta quinta um míssil hipersônico "matador de porta-aviões" e um drone de ataque com capacidade intercontinental em seu principal evento aeroespacial.

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