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Biden libera divulgação de dados sobre origem da Covid-19

Presidente remove confidencialidade de investigações sobre causas da pandemia; Pequim acusa Washington de 'manipulação política'

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DW

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou nesta segunda-feira (20) uma lei que determina a liberação de documentos confidenciais com informações obtidas em investigações sobre as origens da pandemia de Covid-19.

O ato corroborou a iniciativa do Congresso americano de que se remova a confidencialidade da maior quantidade possível de dados sobre o surgimento da doença. Antes de ser enviada à Casa Branca, a lei de transparência foi aprovada sem dificuldades no Senado e na Câmara dos Representantes.

Joe Biden está no canto da imagem, fotografado enquanto fala diante um microfone. ele é um homem branco idoso, calvo e de cabelos grisalhos, que usa terno azul e gravata listrada
O presidente dos EUA, Joe Biden, na sala Roosevelt da Casa Branca, em Washington - Sarah Silbiger - 10.mar.23/Reuters

Em nota, Biden disse compartilhar desses objetivos: "Ao implementar essa legislação, meu governo vai liberar e compartilhar as informações na medida do possível, de maneira consistente com minha autoridade constitucional de proteger contra a divulgação de dados que possam trazer danos à segurança nacional."

O comunicado menciona "potenciais ligações" entre pesquisas científicas realizadas no Instituto de Virologia da cidade chinesa de Wuhan e o surto de Covid-19, declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como pandemia em março de 2020.

Desde o surgimento dos primeiros casos de Covid-19 em Wuhan, no fim de 2019, o debate em Washington sobre as origens do coronavírus se tornou altamente politizado. Tanto os democratas quanto a oposição republicana pressionam o governo para endurecer sua postura contra a China.

Vazamento de laboratório

Em fevereiro, o debate em torno da origem da doença voltou ao centro das discussões. Segundo uma reportagem do Wall Street Journal numa avaliação de "baixo nível de confiança", o Departamento de Energia dos EUA constatara que o coronavírus teria provavelmente surgido de um vazamento de um laboratório chinês. A hipótese é rejeitada por Pequim.

Após investigações próprias, o FBI também concluiu que a pandemia teria surgido de um vazamento de um laboratório na China. Entretanto, quatro outras agências do governo americano avaliam que o coronavírus surgiu como resultado de transmissões naturais, sendo que duas outras ainda estão indecisas.

Alguns especialistas e autoridades americanas acreditam que a origem da pandemia, que matou mais de 1,1 milhão somente nos EUA, jamais será conhecida.

China acusa "manipulações políticas"

Biden lembrou que, em 2021, ele próprio orientou as agências de inteligência para investigarem as origens da doença, ressaltando que esse trabalho ainda está em andamento e que seu governo continuará a analisar todas as informações.

"Precisamos chegar ao fundo das questões sobre as origens da Covid-19 para assegurar que possamos evitar melhor as futuras pandemias", enfatizou o presidente.

O ministério do Exterior chinês declarou nesta terça-feira que a lei sancionada por Biden é uma representação errônea dos fatos, e que "a China pede que os EUA parem imediatamente com suas manipulações políticas".

Com AP e Reuters

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