Estudantes pró-palestinos acampam na maior universidade do México

Os manifestantes montaram barracas de campanha e hastearam bandeiras em frente à reitoria da Unam

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São Paulo e Cidade do México | AFP

Dezenas de estudantes da Unam (Universidade Nacional Autônoma do México), a maior do país, acamparam nesta quinta-feira (2) em protesto contra a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e em solidariedade às manifestações estudantis nos Estados Unidos.

Os manifestantes montaram barracas de campanha e hastearam bandeiras palestinas em frente à reitoria da universidade, na capital mexicana, e pediram que o governo do país rompa os laços diplomáticos e comerciais com Israel.

Estudantes erguem tenda em frente ao prédio da reitoria da Universidade Autônoma do México - Yuri Cortez/AFP

"Estamos aqui para apoiar a Palestina, as pessoas que estão na Palestina, os acampamentos de estudantes nos Estados Unidos", disse à AFP Valentina Pino, estudante de 19 anos que cursa a faculdade de Filosofia e Letras. Jimena Rosas, 21, aluna da mesma faculdade, disse que a expectativa é de que a manifestação se propague para outras universidades do México.

Trinta universidades dos Estados Unidos foram palco de manifestações pró-palestinos nas últimas semanas.

As manifestações contra as ações de Israel em Gaza, que já mataram mais de 34 mil palestinos, segundo o Hamas, são parte da maior onda de protestos estudantis nos EUA desde as marchas contra o racismo, em 2020, em resposta ao assassinato de George Floyd.

Nesta quinta, centenas de policiais entraram na UCLA (Universidade da Califórnia, em Los Angeles) para desmontar o acampamento pró-Palestina atacado na véspera por apoiadores de Israel. Mais de 130 pessoas foram presas.

As manifestações de estudantes levantaram debates sobre liberdade de expressão, antissemitismo e censura, além de terem resultado em confrontos entre estudantes e forças de segurança em alguns casos.

Na quarta, 90 manifestantes foram presos na Universidade Dartmouth, em New Hampshire, segundo o Departamento de Polícia da cidade de Hanover. Eles foram acusados de invasão criminosa e resistência à prisão. Na noite do mesmo dia, policiais prenderam manifestantes no campus da Universidade Fordham, em Manhattan, onde um acampamento contra a guerra havia sido montado na véspera. Foi a terceira prisão em massa em uma universidade na cidade de Nova York em 24 horas.

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