Um homem matou a tiros ao menos oito pessoas e feriu pelo menos outras sete neste sábado (6), em um shopping no estado do Texas, nos Estados Unidos. De acordo com a polícia, o suspeito foi morto por um agente após começar a disparar do lado de fora do shopping Allen Premium Outlets, na cidade de Allen.
O chefe do corpo de bombeiros da região, Jon Boyd, afirmou que seu departamento levou pelo menos nove vítimas com ferimentos a bala para hospitais, duas das quais morreram. Entre os feridos, "três passaram por cirurgias de emergência e quatro estavam em condição estável", disse Boyd.
O Medical City Healthcare, que administra 16 hospitais na área, disse por sua vez em um comunicado que suas unidades estavam tratando oito das vítimas feridas, com idades que variam de 5 a 61 anos.
Imagens aéreas mostraram centenas de pessoas saindo do shopping, localizado cerca de 40 km a nordeste de Dallas, depois que o ataque aconteceu. Muitas delas estavam com as mãos levantadas, enquanto dezenas de policiais montavam guarda. Uma testemunha disse à WFAA TV, afiliada local da rede ABC, que o atirador estava andando pela calçada enquanto atirava em diversas direções.
Segundo Brian Harvey, chefe da polícia de Allen, um agente estava no shopping para investigar outro caso quando o ataque aconteceu, às 15h30, no horário local (17h30 em Brasília). "Ele ouviu tiros, aproximou-se, enfrentou o suspeito e neutralizou o indivíduo. Em seguida chamou os serviços de emergência."
Imagens exibidas pela CNN mostram o momento em que o atirador saiu de um carro para iniciar o massacre. Até o momento, as autoridades não divulgaram a identidade do suspeito, cujo corpo foi encontrado no chão quando os reforços chegaram, próximo dos cadáveres de outras seis vítimas.
Sangue podia ser visto nas calçadas do lado de fora do shopping, e lençóis brancos cobriam o que pareciam ser corpos. O governador do Texas, Greg Abbott, chamou o ataque de tragédia indescritível e disse que o estado está preparado para oferecer qualquer assistência que as autoridades necessitarem.
Já o presidente Joe Biden voltou a pedir ao Congresso a proibição de fuzis semiautomáticos como o utilizado no ataque. "De novo peço que me enviem um projeto de lei que proíba armas de assalto e carregadores de alta capacidade. Promulgarei a legislação de imediato", disse o democrata em nota.
Ataques a tiros viraram comuns nos EUA. Em 2023, aconteceram ao menos 198, o maior número desde 2016, segundo a ONG Gun Violence Archive. Com mais armas de fogo que habitantes, o país tem a maior taxa de mortes por armas de fogo entre nações desenvolvidas: 49 mil em 2021, contra 45 mil em 2020.
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