Atirador de 18 anos mata 3 pessoas e fere outras 6 no Novo México, nos EUA

Polícia diz que suspeito saiu disparando por vizinhança antes de ser morto por agentes

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São Paulo

Três pessoas morreram e outras seis ficaram feridas após um atirador de 18 anos atacar uma área residencial na cidade de Farmington, no Novo México, no sudoeste dos EUA, nesta segunda-feira (15).

O episódio terminou com o jovem sendo morto pela polícia. Entre os feridos estão dois agentes que trocaram tiros com o agressor —ambos estão em condições estáveis.

Policiais de Farmington no local onde houve um ataque a tiros, no estado do Novo México, nos EUA
Policiais de Farmington no local onde houve um ataque a tiros, no estado do Novo México, nos EUA - Mike Easterling/USA Today Network via Reuters

A porta-voz da polícia Shanice Gonzales afirmou à agência de notícias Reuters que o atirador percorreu cerca de 400 metros a pé disparando indiscriminadamente em transeuntes antes de a polícia o alcançar.

Acredita-se que o suspeito, que não teve o nome revelado, tenha agido sozinho. A motivação do crime ainda é incerta, e as autoridades não divulgaram as identidades das vítimas nem o estado dos feridos.

Em um vídeo no Facebook, o chefe de polícia de Farmington, Steve Hebbe, afirmou que o suspeito usou ao menos três armas diferentes —incluindo um fuzil AR-15, de estilo militar e utilizado com frequência em ataques em massa— e saiu atirando a esmo. "Ao menos seis casas e três carros foram atingidos."

O episódio de violência levou escolas municipais a suspenderem as aulas até que o governo considerasse a situação controlada, o que aconteceu por volta das 13h desta segunda-feira. Farmington tem cerca de 46 mil habitantes e é central para a indústria de energia fóssil. Cerca de 300 km a noroeste de Albuquerque, cidade mais populosa do estado, também é um importante destino de compras na região.

A localidade foi palco de ao menos um outro episódio de violência armada de grande repercussão nos últimos tempos. Em abril, policiais de Farmington mataram um homem armado e trocaram tiros com a esposa dele ao entrarem na casa errada para responder a um pedido de socorro de violência doméstica.

No Twitter, a governadora do Novo México, a democrata Michelle Lujan Grisham, fez um post no qual diz estar "profundamente triste pela violência trágica" e que o governo "não vai parar de combater a epidemia da violência por armas de fogo". Em nota, parlamentares do estado no Congresso afirmaram estar desolados, acrescentando que seguirão atuando para garantir que recursos federais estejam disponíveis.

"Embora o Congresso tenha agido para combater a violência por armas de fogo no último ano por meio do Ato Bipartidário para Comunidades Mais Seguras, hoje é um lembrete doloroso de que temos de fazer mais", escreveram os congressistas, todos os quais democratas. "Estamos comprometidos com a luta por medidas de segurança relacionadas a armas que deixarão os habitantes do Novo México em segurança."

O caso desta segunda-feira foi o mais recente de ao menos 225 tiroteios em massa registrados nos Estados Unidos neste ano, de acordo com a ONG Gun Violence Archive. A entidade define um tiroteio em massa como qualquer evento em que quatro ou mais pessoas são feridas ou mortas, excluindo o atirador.

Com Reuters e New York Times

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