O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, levou os demais integrantes do G7 —inclusive o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden— para uma cerimônia em que depositaram flores e participaram do plantio de árvores no mausoléu dos mortos pela bomba atômica em Hiroshima, no centro da cidade.
Ficaram em silêncio, em uma espécie de oração, ao lado de estudantes de ensino médio locais.
Antes, haviam feito uma visita ao Museu do Memorial da Paz guiada pelo próprio Kishida, que teve familiares mortos na explosão da bomba pelos americanos em 1945 —ele iniciou sua carreira política na cidade atingida. Também conversaram com Keiko Ogura, uma sobrevivente do bombardeio.
No comunicado sobre a cerimônia, o Ministério das Relações Exteriores do Japão, que organiza a cúpula, informou que "os líderes do G7 reiteraram sua posição de que as ameaças de uso de armas nucleares por parte da Rússia [na Guerra da Ucrânia] são inadmissíveis".
Em comunicado posterior sobre desarmamento nuclear, o grupo concentrou críticas em Moscou, mas apresentou desta vez uma menção também a Pequim. Para o G7, "a construção acelerada pela China de seu arsenal nuclear, sem transparência nem diálogo significativo, representa uma preocupação para a estabilidade global e regional".
O Parque Memorial da Paz, onde aconteceu a cerimônia, é conhecido mundialmente pela imagem do chamado "domo da bomba atômica". São as ruínas de um prédio da prefeitura, o único que teria restado após a explosão sobre o centro da cidade.
Antes da visita, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, foi questionado por jornalistas se Biden apresentaria "um pedido de desculpas em nome dos EUA" e respondeu que o presidente americano "não fará uma declaração" acerca do tema.
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