Caça Gripen é tema de reunião de Lula com primeiro-ministro da Suécia

Presidente também conversou com chanceler austríaco e outras lideranças durante cúpula em Bruxelas

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Bruxelas

Em reuniões bilaterais nesta terça-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se com o premiê da Suécia, Ulf Kristersson, o chanceler da Áustria, Karl Nehammer e a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen. Antes, participou de café da manhã com sete líderes europeus e latino-americanos.

Os encontros ocorreram no âmbito da cúpula Celac-UE, evento em Bruxelas que reúne chefes dos 33 países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e 25 da União Europeia (UE).

 O presidente Lula e o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, em Bruxelas
O presidente Lula e o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, em Bruxelas - Ricardo Stuckert/Presidência da República

Lula e Kristersson falaram em especial sobre o contrato de produção de caças Gripen, utilizados pela Força Aérea Brasileira. O acordo envolve as companhias Embraer, do lado brasileiro, e Saab, do sueco.

O programa Gripen começou em 2013, quando a empresa europeia venceu uma concorrência e foi escolhida para substituir a frota de F-5 americanos, comprados nos anos 1970 e modernizados pela Embraer. O contrato prevê 36 unidades do F-39 Gripen, que já começaram a ser entregues.

Além dos aviões, o pacto inclui transferência de tecnologia. Em maio, Lula inaugurou a linha de produção na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, a 306 km de São Paulo, que produzirá 15 desses caças.

O último deles está previsto para ser entregue em 2027. O Gripen é uma aeronave de pequeno porte e está no topo da quarta geração de caças —a quinta é de modelos furtivos ao radar, como o americano F-35.

O custo total é de cerca de 40 bilhões de coroas suecas (cerca de R$ 19 bilhões), financiados em 25 anos. O programa integra ainda as ações voltadas para a renovação da infraestrutura das Forças Armadas, processo que conta com os projetos de um submarino nuclear, no Rio de Janeiro, e do blindado Guarani.

A primeira agenda do dia de Lula foi um café da manhã a portas fechadas com lideranças de governos, siglas e movimentos progressistas da América Latina, do Caribe e da Europa. O evento foi organizado pelo ex-premiê da Suécia Stefan Löfven, líder do Partido Socialista Europeu, que integra o Parlamento Europeu.

Do lado latino-americano, participaram os presidentes da Argentina, Alberto Fernández, do Chile, Gabriel Boric, e da Colômbia, Gustavo Petro. Já entre os europeus estiveram os primeiros-ministros de Portugal, António Costa, Espanha, Pedro Sánchez, Dinamarca, Mette Fredricksen, e Alemanha, Olaf Scholz.

"Foram discutidos a defesa da democracia, o combate à desigualdade, a promoção do bem-estar social, o respeito aos direitos humanos e ações pelo ambiente", afirmou a Presidência brasileira.

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