Joanesburgo, na África do Sul, registra neve pela primeira vez em uma década

Serviço meteorológico emitiu alertas devido ao frio que deve se estender até o fim de semana

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São Paulo

Joanesburgo, a maior cidade da África do Sul, registrou nesta segunda-feira (10) queda de neve pela primeira vez em mais de uma década. O fenômeno, que não acontecia desde 2012, provocou euforia.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram paisagens brancas na cidade com mais de 6 milhões de habitantes. No subúrbio de Brackenhurst, ao sul de Joanesburgo e onde o fenômeno foi mais intenso, crianças saíram às ruas para fazer bonecos e bolas de neve.

Crianças brincam na neve em Brackenhurst, na África do Sul
Crianças brincam na neve em Brackenhurst, na África do Sul - Siphiwe Sibeko - 10.jul.23/Reuters

O serviço meteorológico local emitiu alertas devido à frente fria que atingiu a província de Gauteng, onde estão Joanesburgo e a capital Pretória. O frio seguia nesta terça (11), com temperatura mínima de 1ºC.

As temperaturas baixas devem se estender até o final da semana, mas sem previsão de neve. Além de Gauteng, o fenômeno foi visto nas províncias de Mpumalanga, Eastern Cape e Free State, o que é raro.

"Onze anos depois, é emocionante termos neve", disse à agência Reuters Jennifer Banda, que fazia fotos na praça Nelson Mandela, em Joanesburgo. Já o entregador Chenjerai Murape reclamou. "Estou tentando aquecer o motor para dar partida. Caso contrário, vou chutar a moto o dia todo."

O Serviço de Meteorologia da África do Sul alertou que as temperaturas baixas representam um risco para as pessoas em situação de rua —até esta terça, nenhuma morte devido ao frio havia sido divulgada.

Cientistas afirmam que o aumento da frequência e da intensidade de fenômenos extremos está relacionado à crise do clima. No Nepal, a temporada de escalada do monte Everest é considerada uma das mais mortais devido ao frio extremo, que chegou a -40ºC.

Já na Europa, uma pesquisa publicada na revista Nature Medicine nesta segunda estima que mais de 61 mil pessoas tenham morrido de calor no verão do ano passado —o mais quente já registrado na história do continente. O número é próximo daquele registrado em uma das piores ondas de calor na região, quando as altas temperaturas de 2003 tiraram a vida de 70 mil pessoas.

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