Descrição de chapéu África chuva

Equipes encontram centenas de corpos em praia na Líbia uma semana após enchentes

Socorristas enviados por Malta localizam mortos, alguns deles de crianças, em baía e em caverna subaquática

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São Paulo

Quase uma semana após a tragédia na Líbia ocasionada por enchentes e agravada pelo rompimento de duas barragens, socorristas dizem ter encontrado cerca de 400 corpos em uma praia do país africano. Alguns estavam em uma caverna subaquática havia dias.

A informação foi compartilhada por Natalino Bezzina, que chefia a missão enviada pelo arquipélago de Malta para ajudar a Líbia, ao jornal local Times of Malta na noite da última sexta-feira (15).

Equipes de resgate carregam corpo de vítima das enchentes encontrado em praia de Derna, na Líbia
Equipes de resgate carregam corpo de vítima das enchentes encontrado em praia de Derna, na Líbia - Ayman Al-Sahili/Reuters

"A equipe se deparou com uma caverna meio submersa e, dentro dela, encontrou sete corpos que incluíam corpos de três crianças", disse ele. Depois, com a ajuda de socorristas locais, depararam-se com uma pequena baía cheia de escombros e ali localizaram as centenas de outros corpos, que seguem sendo retirados do local.

O arquipélago do Mediterrâneo enviou 72 equipes de resgate do Exército maltês e do departamento de proteção civil à Líbia na última quarta-feira. Acredita-se que os corpos tenham sido arrastados para o mar pelas fortes inundações após as chuvas intensificadas pela tempestade Daniel destruírem um quarto da cidade costeira de Derna.

O número exato de vítimas ainda é desconhecido. Registros de missões da ONU no país falam em ao menos mais de 5.000 mortos localizados. Já um balanço do Crescente Vermelho indicou na última quinta-feira que seriam 11,3 mil mortos. A Prefeitura de Derna, por sua vez, estima 20 mil mortos apenas neste município, o mais atingido.

Ainda de acordo com a ONU, ao menos mil pessoas já foram enterradas em valas comuns, o que despertou preocupação sobre o risco de contaminação da água local durante a decomposição dos corpos e também pela saúde mental dos familiares dessas vítimas.

Com Reuters

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