Descrição de chapéu África terrorismo

Explosão de caminhão-bomba mata ao menos 13 pessoas na Somália

Ataque no país africano que luta contra grupo armado islâmico deixou mais de 40 feridos e destruiu casas e lojas da região

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São Paulo

A explosão de um caminhão-bomba em um posto de controle na cidade de Beledweyne, no centro da Somália, deixou pelo 13 mortos e 40 feridos neste sábado (23), segundo a agência de notícias AFP. O atentado, ainda não reivindicado por grupos armados da região, reduziu prédios e lojas a escombros —nos quais moradores estão presos.

"Recuperamos os corpos de 13 pessoas, a maioria de civis que estavam por perto", afirmou por telefone à AFP Ahmed Yare Adan, um policial local. "Há cerca de 45 feridos, todos civis, que foram levados para diferentes centros médicos. Alguns estão gravemente afetados."

Policiais fazem guarda do lado de fora do gabinete do prefeito da capital, Mogadíscio, por causa de um tiroteio - Hassan Ali Elmi - 22.jan.23/AFP

À Reuters, Aden disse que entre as vítimas estão cinco policiais que dispararam contra o veículo em uma tentativa fracassada de impedi-lo de atingir o posto de controle. "Toda a cidade está chocada", afirmou Abdifatah Hasan, um morador, à AFP.

"O que aconteceu aqui é um ato de ódio", declarou à imprensa Abdulahi Ahmed Malim, governador da região de Hiram, da qual Beledweyne depende. "Toda a área está destruída."

Halima Nur, uma mulher que estava perto do local, disse à agência Reuters que sua sobrinha e outras pessoas estavam em uma loja próxima e ainda não haviam sido encontradas. "Não sei o que dizer, todas as barracas agora são apenas escombros. Não consigo encontrar minha sobrinha", disse ela.

O ataque ocorreu após o governo somali admitir estar vivendo um momento delicado em sua ofensiva contra o grupo radical islâmico Al-Shabaab. Apoiada pela comunidade internacional, a Somália combate há mais de 15 anos a insurreição da Al Qaeda, que diz querer instaurar uma leitura radical da lei islâmica nesse país do Chifre da África.

Em outubro do ano passado, um atentado com dois carros-bomba do grupo em uma área movimentada nos arredores do Ministério da Educação na capital, Mogadíscio, deixou ao menos 100 pessoas mortas e 300 feridas.

Há mais de um ano, forças governamentais e milícias locais realizam uma ofensiva militar no centro do país apoiada pela União Africana e por ataques aéreos dos Estados Unidos.

Nesta semana, o governo pediu à ONU para que a retirada das tropas do bloco, prevista para o final de setembro, fosse adiada em três meses. Embora as operações militares tenham permitido "libertar cidades, vilas e rotas de suprimento cruciais", as forças pró-governo sofreram "vários reveses importantes" no final de agosto, segundo a carta datada de 19 de setembro.

"Essa reviravolta inesperada dos acontecimentos colocou nossas forças militares no limite de sua capacidade, expôs vulnerabilidades em nossas linhas de frente e exigiu uma reorganização abrangente para garantir que mantenhamos nosso impulso na luta contra a ameaça do Al-Shabaab", diz o texto.

Eleito em maio de 2022, o presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, prometeu uma "guerra total" contra os combatentes. Há pouco mais de um mês, o líder afirmou que o grupo seria "eliminado de todo o país" até o final do ano.

Com AFP e Reuters

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