Brasil condena ataques a Israel e convoca reunião do Conselho de Segurança da ONU

País está na presidência do órgão neste mês; órgão vai se reunir neste domingo para discutir tema

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Washington

O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai se reunir neste domingo (8) às 16h (horário de Brasília) para discutir a situação no Oriente Médio, motivado pelos ataques em território israelense a partir da Faixa de Gaza na madrugada deste sábado (7).

A reunião de emergência foi convocada pelo Brasil, que assumiu a presidência rotativa do órgão em 1º de outubro, e outros países membros.

Foguetes são disparados da Cidade de Gaza em direção a Israel - Mahmud Hams/AFP

Em nota, o Itamaraty disse ser urgente a retomada das negociações para a paz.

"O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina", afirmou a pasta.

O conselho é composto por cinco membros permanentes (China, Estados Unidos, Rússia, França e Reino Unido), com poder de veto, e dez não permanentes, escolhidos para mandatos de dois anos por eleição. Hoje esse grupo é composto por, além do Brasil, Albânia, Equador, Gabão, Ghana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes Unidos.

O órgão é a instância máxima de poder do sistema ONU, mas vem sofrendo críticas por uma paralisia, especialmente após a Guerra da Ucrânia.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou guerra após o Hamas lançar um ataque surpresa e de grande escala neste sábado, em ação que já é considerada uma das maiores ofensivas contra o país nos últimos anos. Ao menos 238 pessoas morreram, sendo 40 pessoas israelenses e 198 palestinas.

Em mensagem de vídeo, Netanyahu disse que o grupo extremista islâmico que controla a Faixa de Gaza pagará "um preço sem precedentes" pela ofensiva, que teria usado mais de 5.000 foguetes. "Estamos em guerra. Esta não é uma operação simples", afirmou.

Segundo o Itamaraty, não há, por ora, registro de brasileiros mortos ou feridos entre as vítimas dos ataques.

A ofensiva surpresa, que acontece exatamente 50 anos após o início da Guerra do Yom Kippur, combinou a infiltração de homens armados em cidades israelenses com uma saraivada de foguetes, disparados da Faixa de Gaza. Segundo as Forças Armadas de Israel, dezenas de militantes se infiltraram por terra, mar e ar, alguns dos quais com a ajuda de parapentes.

Em nota, o governo brasileiro condenou os ataques e manifestou condolências aos familiares das vítimas." Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação", disse.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.