O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu, nesta terça-feira (17), ao seu homólogo iraniano, Ebrahim Raisi, que uma eventual liberação de reféns pelo Hamas poderia servir de moeda de troca para encerrar os bombardeios de Israel à Faixa de Gaza.
O Hamas é financiado pelo regime iraniano. O grupo terrorista alega que mantém, junto com outras facções palestinas, entre 200 e 250 reféns, pessoas sequestradas durante o seu ataque ao território israelense em 7 de outubro. As cifras são parecidas com aquela divulgada pelo governo israelense, de 199.
Na conversa, que segundo a Presidência da República ocorreu por iniciativa do próprio Irã, Raisi teria defendido o fim dos bombardeios e do cerco à Faixa de Gaza. A região tem sido alvo de intensos ataques pelo Exército de Israel desde a ofensiva do Hamas de dez dias atrás, que deixou pelo menos 1.400 cidadãos israelenses mortos. A reação de Tel Aviv, por sua vez, já provocou a morte de cerca de 3.000 palestinos.
Comunicado do Planalto afirma que, ainda durante o diálogo, Lula fez um apelo para que o Irã convença o Hamas a libertar todos os reféns como uma espécie de gesto simbólico para persuadir Israel a interromper os bombardeios. O petista também teria reforçado a importância de um consenso entre a comunidade internacional para a criação de um corredor humanitário.
Raisi não foi o único líder a falar com Lula nesta terça. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também participou de uma ligação com o brasileiro. Segundo nota da Presidência, os líderes concordaram que os ataques a civis que vêm ocorrendo na região são inaceitáveis.
Lula teria ainda pedido ajuda ao homólogo turco para resgatar os brasileiros presos em Gaza. Erdogan teria se disposto a ajudar no que fosse preciso.
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