Descrição de chapéu terrorismo

Não podemos confundir os palestinos com o Hamas, diz líder do governo no Senado

Em sessão com parentes de reféns da facção terrorista, Jaques Wagner (PT-BA) afirmou ainda que Lula se pôs à disposição para encontrar familiares de brasileiro capturado

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Brasília

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), prestou homenagem nesta segunda-feira (11) aos reféns do Hamas e afirmou que é importante não generalizar o povo palestino. "Não podemos confundir os palestinos com o Hamas", afirmou o senador, sob aplausos.

Wagner, que é judeu, participou de uma sessão do plenário com a presença de familiares de reféns, além do presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Claudio Lottenberg.

Senador Jaques Wagner (PT-BA) no plenário
Senador Jaques Wagner (PT-BA) no plenário - Pedro Ladeira - 1.jun.2023/Folhapress

"Não é possível que atos envolvam inocentes e tirem a vida de inocentes. [...] Todo ato terrorista é covarde e, portanto, deve ser condenado por todos aqueles que são amantes da paz e defensores dos direitos humanos", afirmou.

Wagner disse ainda que se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que ele se colocou à disposição para se encontrar com os familiares de reféns sequestrados pelo Hamas, em especial Mary Shohat e Hen Mahluf, respectivamente irmã e filha do brasileiro-israelense Michel Nisenbaum, que vive em Israel e está desaparecido desde o dia 7 de outubro. Ambas estavam na sessão. O encontro com Lula ocorreu na tarde desta segunda.

O líder do governo acrescentou que acha que o encontro pode servir para transmitir uma palavra de conforto —"se é que é possível"—, além de afirmar o comprometimento do governo brasileiro com ações que visem libertar os reféns.

Mais tarde, Wagner e as familiares de Nisenbaum se encontraram com o presidente Lula no Palácio do Planalto. Segundo o senador, Lula manifestou que está mobilizado para a liberação dos reféns.

"A conversa foi muito boa. Lula está inteirado no assunto, a preocupação 'número 1' dele é com os reféns, particularmente com o Michel", disse Wagner após o encontro.

Nas redes sociais, o presidente publicou uma imagem com os familiares de Nisenbaum. "Expressei minha solidariedade e falei dos esforços que o governo brasileiro têm feito, junto aos países da região, para a libertação dos reféns. É uma questão humanitária que precisar estar acima de qualquer conflito", escreveu Lula.

A solenidade no plenário do Senado foi convocada por Jorge Seif (PL-SC) e Sergio Moro (União-PR). Outros três familiares de pessoas mantidas como reféns do grupo terrorista também estavam presentes.

Nisenbaum vive em Israel há 45 anos e foi visto pela última vez no dia em que o Hamas realizou o maior ataque já sofrido pelo país em 50 anos.

À família as Forças de Defesa de Israel dizem acreditar que Nisenbaum esteja entre as mais de 200 pessoas levadas como reféns. O governo brasileiro também já afirmou que ele está entre os sequestrados. Foram encontrados um carro incendiado que pertencia ao brasileiro e um notebook dele, já na Faixa de Gaza.

A vinda ao Brasil de familiares de reféns do Hamas foi organizada pelo Fórum de Famílias Sequestradas e Desaparecidas e em parceria com a Conib e a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp).

Os familiares fizeram falas breves, condenando a atuação do Hamas, agradecendo a realização daquele evento e mandando mensagens de apoio para seus conhecidos que estão desaparecidos.

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