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Após 2 semanas, Justiça Eleitoral confirma reeleição de Bukele em El Salvador

Apuração dos votos para o Legislativo ainda não terminou; missão da OEA se diz preocupada com demora

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San Salvador | AFP

O TSE (Tribunal Supremo Eleitoral) de El Salvador confirmou neste fim de semana, após duas semanas da votação nas urnas, a reeleição do presidente Nayib Bukele, com 84,65% dos votos.

"Declaram-se eleitos presidente e vice-presidente da República de El Salvador o senhor Nayib Armando Bukele Ortez e o senhor Félix Ulloa, respectivamente", informou o TSE em uma ata que confirma os resultados da eleição, realizada no último dia 4.

O presidente Nayib Bukele faz discurso após votar em San Salvador - Marvin Recinos - 4.fev.2024/AFP

O presidente de direita, cuja gestão autoritária ficou marcada por uma política de combate a gangues e encarceramento em massa, começa seu próximo mandato de cinco anos em 1º de junho.

O candidato presidencial da antiga guerrilha esquerdista FMLN (Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional), Manuel Flores, ficou em segundo lugar, com 6,4% dos votos, enquanto Joel Sánchez, da Arena (Aliança Republicana Nacionalista), também de direita, obteve 5,57%, segundo a ata divulgada pelo TSE.

O censo eleitoral inclui 6,2 milhões de eleitores, dos quais 3,2 milhões compareceram às urnas, o que equivale a uma participação de 52,6%, segundo a Justiça Eleitoral.

O tribunal ainda não concluiu a apuração final das eleições legislativas, nas quais o partido NI (Novas Ideias), de Bukele, caminha para ser majoritário no Congresso, que passará de 84 cadeiras para 60, após uma reforma da legislação eleitoral.

A missão de observação eleitoral da OEA (Organização dos Estados Americanos) se declarou "preocupada" com o atraso da apuração para o Congresso.

A comitiva da organização "manifesta sua preocupação pela demora e falta de uniformidade na apuração final" das eleições legislativas. Segundo o comunicado, o grupo "observou uma falta de controle por parte do TSE sobre o desenvolvimento desta etapa na qual, em diversas ocasiões, as decisões ficam nas mãos dos representantes dos partidos políticos".

A missão também disse que "tomou nota" dos "ataques dos quais foram vítimas centenas de jornalistas" durante todo o processo das eleições e denunciou que, no sábado (17), uma integrante da missão teve o seu trabalho dificultado na apuração do pleito legislativo por membros do partido de Bukele.

Após essa queixa da OEA, o TSE disse neste domingo (18) que reafirmava o seu "compromisso de oferecer facilidades e acesso" ao processo de contagem dos votos.

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