EUA anunciam apoio 'inabalável' a Israel, e União Europeia condena ataques do Irã; veja repercussão

Itamaraty recomenda evitar viagens não essenciais à região e pede 'máxima contenção' a partes envolvidas

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São Paulo

Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) condenaram o ataque aéreo do Irã contra Israel neste sábado (13). O governo do presidente Joe Biden emitiu um comunicado em que afirma que o apoio dos EUA ao país aliado continua "inabalável".

O democrata se reuniu com conselheiros de segurança para discutir a crise no Oriente Médio, na Casa Branca. "O presidente Biden foi claro: nosso apoio à segurança de Israel é inabalável. Os Estados Unidos estarão ao lado do povo de Israel e apoiarão sua defesa contra essas ameaças do Irã", diz a nota de Washington.

Joe Biden retorna à Casa Branca para se reunir com conselheiros de segurança
Joe Biden retorna à Casa Branca para se reunir com conselheiros de segurança - Samuel Corum/AFP

A UE também reagiu e condenou a ofensiva. "A UE condena firmemente o inaceitável ataque iraniano contra Israel. Trata-se de uma escalada sem precedentes e de uma grave ameaça para a segurança regional", escreveu o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell, na rede social X.

O Itamaraty afirma, em nota, que acompanha os desdobramentos na região, e disse que o governo brasileiro recomenda que viagens não essenciais à região não sejam realizadas.

"Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia, e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã", diz o Itamaraty.

"O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam o máximo de contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada."

Reino Unido, França, Canadá, México, República Tcheca, Dinamarca e Noruega também condenaram o ataque.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou que o Irã está "semeando o caos em seu próprio quintal". "Condeno nos termos mais fortes o ataque imprudente do regime iraniano contra Israel. Estes ataques arriscam inflamar as tensões e desestabilizar a região", disse.

Já o ministro de Relações Exteriores da França, Stéphane Séjourné, disse que Teerã "ultrapassa um novo limite" com a ofensiva. "Ao decidir por uma ação sem precedentes, o Irã ultrapassa um novo limite em suas ações de desestabilização e corre o risco de uma escalada militar", escreveu o ministro no X.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também disse que a ofensiva desestabiliza ainda mais a região. "Esses ataques mais uma vez demonstram o desrespeito do regime iraniano pela paz e estabilidade na região. Apoiamos o direito de Israel de se defender e de seu povo contra esses ataques", afirmou, em nota.

Já o presidente da Argentina, Javier Milei, que está nos Estados Unidos, antecipou seu retorno ao país após a ofensiva. Ele cancelou uma viagem planejada à Dinamarca e deve embarcar em um voo para Buenos Aires na manhã de domingo (14). O mandatário expressou sua solidariedade ao povo de Israel.

O Irã lançou dezenas de drones e mísseis em direção a Israel, de acordo com as forças de segurança de Tel Aviv. Segundo os militares israelenses, as aeronaves não tripuladas identificadas demorariam horas para chegar a território israelense e seriam defensáveis. Ainda de acordo com os militares, a maioria foi derrubada fora do território de Israel, incluindo dez mísseis.

Este é o primeiro ato de agressão do Irã ao território de Israel desde o início do conflito entre Tel Aviv e Hamas, grupo aliado de Teerã, na Faixa de Gaza, e a concretização das ameaças de retaliação ao ataque, atribuído a Israel, à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, que matou membros da Guarda Revolucionária do Irã, no último dia 1º.

Na TV estatal iraniana, a Guarda Revolucionária confirmou os ataques e afirma que a operação é retaliação pelo ataque à embaixada em Damasco e o que chamou de crimes de Israel.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, convocou reunião do gabinete de guerra em Tel Aviv prevista para ocorrer na madrugada de domingo (14).

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