Descrição de chapéu União Europeia

Grandes empresas da Alemanha criam campanha contra a extrema direita

Siemens, BMW, Deutsche Bank e outras pedem voto consciente nas eleições para o Parlamento Europeu em junho

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Berlim | AFP

Algumas das empresas mais importantes da Alemanha anunciaram nesta terça-feira (7) uma campanha contra a extrema direita e pelo voto consciente nas eleições para o Parlamento Europeu. O pleito está marcado para acontecer entre 6 e 9 de junho.

Nomes como Siemens, BMW, Deutsche Bank, Bosch e Mercedes assinaram um artigo afirmando que estão "unidas em uma aliança econômica pela diversidade, compreensão e tolerância" e contra "o extremismo e populismo".

Imagem mostra números sendo exibidos em um paniel da bolsa de valores de Frankfurt, na Alemanha - Kirill Kudryavtsev - 8.abr.2024/AFP

A campanha, que adotou como slogan a frase "nós apoiamos princípios", pretende atuar nas redes sociais para enfatizar "a importância da unidade europeia para a prosperidade, o crescimento e o emprego".

Na Alemanha, há o temor que o partido de extrema direita e crítico da União Europeia Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão) ganhe terreno nas eleições para o Parlamento Europeu —o que pode enfraquecer o bloco e fortalecer a AfD internamente. Pesquisas apontam que a sigla deve receber cerca de 15% dos votos em junho, se tornando o segundo maior bloco no Legislativo da União Europeia.

No texto divulgado junto da campanha, as empresas afirmam que "a exclusão, o extremismo e o populismo são ameaças à atratividade da Alemanha e à nossa prosperidade". Iniciativas políticas puxadas por grandes empresas são incomuns no país, e a campanha inclui também companhias estatais, como a responsável pelas ferrovias do país, a Deutsche Bahn, e sindicatos.

"O isolacionismo, o extremismo e a xenofobia são um veneno para as exportações da Alemanha e para os empregos", destacou Christian Bruch, CEO da Siemens Energy, que é parte da aliança, no texto. A Alemanha, que já enfrenta uma escassez considerável de mão de obra, teme que, em caso de avanço da extrema direita, o país, a maior economia da Europa, registre a perda de interesse dos mercados.

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