Descrição de chapéu Dinamarca

Agressão contra premiê da Dinamarca provavelmente não teve 'motivações políticas', dizem autoridades

Mette Frederiksen, líder do Partido Social-Democrata, foi atacada na sexta (7) no centro de Copenhague

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James Brooks
Copenhague | AFP

A agressão física sofrida na sexta-feira (7) pela primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, provavelmente não teve "motivações políticas", indicaram neste sábado (8) as autoridades do país escandinavo, em plenas eleições legislativas europeias.

A líder social-democrata, que sofreu uma ligeira entorse cervical, indicou no Instagram que estava "bem", embora "triste e abalada" com o ocorrido e precisando de "paz" e "tranquilidade".

O gabinete de governo havia anunciado anteriormente o cancelamento de todos os compromissos da premiê neste sábado.

Uma mulher vestindo um blazer azul royal está em pé diante de um microfone, aparentemente fazendo um discurso. Ela segura alguns papéis em uma das mãos. O fundo é neutro e iluminado, sugerindo um ambiente institucional.
A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, discursa em Copenhague - Mads Claus Rasmussen - 5.jun.24/Ritzau Scanpix/AFP

Frederiksen, 46, caminhava à tarde por uma rua de Copenhague quando recebeu um "forte empurrão", disseram testemunhas à imprensa local.

O suspeito, um polonês de 39 anos, foi detido em flagrante. Um juiz decidiu que ele permanecerá em prisão preventiva até o dia 20 de junho, segundo informou o promotor Taruk Sekeroglu.

"A nossa principal hipótese é que não há motivação política. Mas isto é algo que a polícia irá investigar", disse Sekeroglu, após audiência em um tribunal nos arredores de Copenhague.

O promotor afirmou que o suspeito foi acusado de violência contra funcionário público e que havia risco de fuga.

Durante a audiência, o Ministério Público apresentou a declaração de um médico que descreveu o suspeito como uma pessoa desequilibrada e que agiu sob efeito de alguma substância, de acordo com a mídia local.

Duas testemunhas disseram ao jornal dinamarquês BT que viram Frederiksen chegar a uma praça no centro de Copenhague pouco antes das 18h (13h no horário de Brasília).

"Um homem veio na direção oposta e deu-lhe um forte empurrão nas costas, fazendo com que ela tropeçasse para o lado" sem cair, afirmaram.

As testemunhas descreveram o agressor como um homem alto e magro e disseram que ele tentou fugir rapidamente após o ataque, mas foi imobilizado no chão por vários homens vestidos de terno.

A agressão ocorreu às vésperas das eleições ao Parlamento Europeu, nas quais os dinamarqueses irão às urnas neste domingo (9) para eleger 15 deputados. De acordo com as pesquisas, o Partido Social-Democrata de Frederiksen está em boa situação para manter os três assentos que possui.

Líderes europeus reagiram ao caso. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou o que chamou de "ato vil". O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que o ataque é "inadmissível".

Em 2019, Frederiksen se tornou a primeira-ministra mais jovem da história da Dinamarca. A social-democrata foi reeleita nas eleições legislativas de 2022.

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