O papa Francisco pediu nesta quarta-feira (12) que as homilias escritas pelos sacerdotes da Igreja Católica "não passem de oito minutos" para que os fiéis não adormeçam
"A homilia deve ser curta. Uma imagem, um pensamento, um sentimento", afirmou ele durante sua audiência semanal na praça São Pedro, no Vaticano.
De acordo com o pontífice, oito minutos é o intervalo de tempo em que os fiéis conseguem prestar atenção a um discurso. Depois disso, disse, "as pessoas dormem e têm razão". "Os padres às vezes falam demais e não dá para entender sobre o quê", completou.
Homilias ou sermões são termos usados para descrever os comentários que os sacerdotes fazem após lerem passagens da Bíblia durante uma missa na Igreja Católica Romana. O objetivo deles com isso é interpretar e reforçar os ensinamentos trazidos por aqueles trechos específicos.
Esta não foi a primeira vez que o papa se manifestou nesse sentido. No ano passado, ele tinha afirmado que homilias muito longas são um "desastre".
Francisco é afeito a declarações espontâneas que com frequência o obrigam a se explicar publicamente.
A controvérsia mais recente envolvendo uma dessas falas ocorreu no final de maio, quando jornais italianos revelaram que o líder católico disse em uma reunião a portas fechadas que os seminários estavam "cheios de viadagem", palavra altamente depreciativa para descrever a comunidade LGBT.
Ele pediu desculpas pelo uso do vocábulo na ocasião. A agência de notícias italiana Ansa noticiou, no entanto, que Francisco o repetiu nesta terça-feira (11), durante um encontro com padres romanos.
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