Descrição de chapéu Eleições EUA

Democratas devem escolher novo candidato à Presidência dos EUA até 7 de agosto

Presidente do comitê nacional da legenda diz que voto online vai definir postulante antes da convenção da sigla

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Campinas

O presidente do comitê nacional do Partido Democrata, Jaime Harrison, afirmou nesta segunda-feira (22) que o partido irá escolher o novo candidato à Presidência até o dia 7 de agosto, via voto online. A data é anterior à convenção nacional da legenda, marcada para acontecer de 19 a 22 do mês que vem, quando a candidatura será oficializada.

Segundo Harrison, ainda não há uma data estabelecida para o início da votação. A definição prévia, porém, deverá tornar a convenção um evento protocolar.

Presidente do comitê nacional democrata, Jaime Harrison, em evento na Carolina do Norte
Presidente do comitê nacional democrata, Jaime Harrison, em evento na Carolina do Norte - Allison Joyce - 24.mai.2024/Reuters

Até aqui, era esperado que a decisão por um novo candidato após a desistência de Joe Biden seria feita na convenção. "Uma convenção contestada e presencial simplesmente não pode acomodar o potencial de um processo de nomeação de várias rodadas para o candidato à Presidência, que então deve selecionar um candidato a vice e ainda cumprir os requisitos de certificação de acesso à cédula em cada um dos estados necessários para o caminho democrata à vitória", disse Minyon Moore, presidente da convenção democrata.

A decisão decorre do apoio rápido e massivo de democratas à vice-presidente Kamala Harris para assumir a chapa, incluindo o próprio presidente minutos depois de publicar sua carta de desistência da candidatura. Kamala já foi endossada pelos principais cotados para assumir a campanha, que agora se qualificam para serem escolhidos como seu vice na cédula democrata.

Inicialmente, mesmo Kamala havia sugerido que esperava por um processo de disputa aberta. "Eu estou honrada em ter o endosso do presidente e minha intenção é merecer e ganhar essa nomeação", disse ela logo após a carta e Biden. Em reunião vazada, Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara dos Deputados e nome forte do Partido Democrata, havia defendido nova primária —ela também já endossou Kamala.

A campanha de Biden já ajustou o registro na Comissão Federal Eleitoral, órgão que supervisiona a corrida nos EUA, para colocar Kamala como candidata à Presidência. Isso não significa que ela é o nome do partido em definitivo, o que ainda depende de sua nomeação oficial, mas sim que, caso sua indicação seja confirmada, ela deve herdar os US$ 96 milhões que o presidente tinha em caixa no final de junho.

A vice-presidente arrecadou US$ 81 milhões (cerca de R$ 450 milhões) nas primeiras 24 horas como favorita à nomeação da legenda, mais um sinal de que há forte apoio na agremiação a favor da sua candidatura.

De acordo com a campanha, 888 mil pessoas fizeram doações, dos quais 60% estão doando pela primeira vez nesta eleição. Apenas 43 mil são doadores recorrentes —nos EUA, a imensa maioria dos fundos para campanhas políticas vêm de doações privadas feitas por empresas ou indivíduos.

Com Reuters e The New York Times

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