Descrição de chapéu guerra israel-hamas

Ataque de Israel a campo de refugiados na Cisjordânia ocupada mata 3

Tel Aviv diz que mortos eram terroristas; em ação paralela, polícia prende 4 suspeitos por atentado de colonos contra vilarejo palestino

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Jerusalém | AFP

Três palestinos morreram nesta quinta-feira (22) após um ataque aéreo de Israel a um campo de refugiados na Cisjordânia ocupada, afirmou o Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa a região. O Exército israelense disse que os mortos eram "terroristas armados".

As mortes ocorreram durante uma operação militar israelense na cidade de Tulkarem. Os soldados localizaram bombas plantadas nas estradas, segundo comunicado das Forças Armadas de Tel Aviv.

A imagem mostra um veículo militar blindado em uma rua urbana. Um soldado está em pé ao lado do veículo, enquanto dois jornalistas, identificados por coletes com a inscrição 'PRESS', observam a cena. Ao fundo, há edifícios e uma atmosfera de tensão na área. O chão está molhado, possivelmente devido a um incidente recente.
Jornalistas filmam veículos blindados do Exército israelense posicionados na entrada do campo de refugiados palestinos de Tulkarem, durante ataque de Israel na Cisjordânia ocupada - Zain Jaafar/AFP

No mesmo dia, autoridades de Israel anunciaram a prisão de quatro pessoas, incluindo um menor de idade, suspeitas de envolvimento em um ataque ao vilarejo de Jit, também na Cisjordânia ocupada, na semana passada.

Dezenas de colonos israelenses, muitos deles mascarados, invadiram e atearam fogo ao local no último dia 15. Ao menos um palestino morreu, e outro ficou gravemente ferido.

"Foi um incidente terrorista grave, com edifícios e veículos incendiados, pedras e coquetéis molotov atirados. Um palestino morreu e outro ficou ferido", afirma o comunicado de Tel Aviv. A investigação sobre o episódio continua.

A paramédica do Crescente Vermelho (organização equivalente à Cruz Vermelha em países islâmicos) Aziza Marwane afirmou que a organização recuperou os corpos dos três mortos desta quinta.

Segundo ela, um deles foi esmagado por escombros durante o ataque. Os outros dois foram encontrados na rua, mas não se sabe se morreram devido às explosões ou se foram alvos de tiros.

A Força Aérea israelense bombardeou frequentemente a região durante a Segunda Intifada, a revolta palestina do início dos anos 2000, mas não realizava ataques tão regulares ao território desde o início da invasão da Faixa de Gaza.

Segundo a ONU, desde o início de agosto, ofensivas aéreas de Israel à Cisjordânia ocupada mataram, em média, um palestino por dia.

A violência dos colonos israelenses contra os palestinos que vivem no local também se intensificou em meio à guerra contra o Hamas. De 7 de outubro de 2023 a 12 de agosto de 2024, a organização multilateral contabilizou 1.250 ataques desse tipo.

Um balanço da agência de notícias AFP baseado em dados da ANP indica que 640 palestinos morreram devido a ações militares do Estado judeu ou de colonos israelenses ao longo dos dez meses do conflito.

Do lado de Tel Aviv, 19 pessoas, incluindo soldados, morreram em ataques que envolveram palestinos, segundo informações divulgadas pelo país.

Os chefes dos serviços secretos israelenses estão mantendo negociações nesta quinta-feira no Cairo sobre um acordo para a libertação dos reféns que estão nas mãos do Hamas em Gaza, anunciou um porta-voz do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu à AFP.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.