Hamas diz ter matado um refém e ferido outros dois na Faixa de Gaza

Braço armado do grupo terrorista afirma investigar incidentes que envolveriam guardas palestinos

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Reuters

Um refém israelense foi morto pelo homem que o vigiava, e duas mulheres também cativas do Hamas ficaram gravemente feridas na Faixa de Gaza, disse nesta segunda-feira (12) Abu Ubaida, porta-voz das Brigadas al-Qassam, o braço armado do grupo terrorista.

"Em dois incidentes separados, dois soldados do [Hamas] designados para vigiar prisioneiros inimigos atiraram em um prisioneiro sionista, matando-o imediatamente, e também feriram gravemente duas prisioneiras", disse Ubaida, sem informar detalhes.

Fotografias em Tel Aviv dos reféns feitos pelo Hamas em Israel
Fotografias em Tel Aviv dos reféns feitos pelo Hamas em Israel - Oren Ziv - 11.ago.2024/AFP

"O governo inimigo [de Israel] é totalmente responsável por esses massacres e pelas reações que afetam a vida dos prisioneiros sionistas", acrescentou o porta-voz em um comunicado publicado no Telegram.

Ele disse que um comitê foi formado para investigar os detalhes, e que as descobertas serão anunciadas posteriormente, acrescentando que o grupo tenta salvar as duas reféns que ficaram feridas.

Trata-se da primeira vez que as Brigadas al-Qassam dizem que seus integrantes mataram reféns. O grupo tem atribuído mortes anteriores de sequestrados em Gaza a bombardeios israelenses no território palestino. O refém morto e as mulheres atingidas não foram identificados.

"Nos últimos minutos, o Hamas terrorista publicou um relatório alegando que, em dois incidentes separados, integrantes da facção mataram um refém israelense e feriram duas mulheres cativas. Neste estágio, não há documento de inteligência para confirmar ou refutar as alegações do Hamas. Continuamos a investigar a credibilidade da declaração e forneceremos informações quando as tivermos", escreveu na plataforma X, em árabe, o porta-voz do Exército israelense, Avichay Adraee.

Os incidentes ocorrem logo após o grupo terrorista palestino nomear o líder de Gaza, Yahya Sinwar, um dos mentores do ataque a Israel em 7 de outubro, como seu novo líder após o assassinato de Ismail Haniyeh, em Teerã, a capital do Irã, no dia 31 de julho.

No sábado, um ataque aéreo israelense em um complexo escolar na Cidade de Gaza, que abrigava famílias palestinas deslocadas, matou cerca de cem pessoas.

Israel disse nesta segunda que 31 terroristas estavam entre os mortos. O Hamas e o Jihad Islâmico, outro grupo que atua na Faixa, negaram as acusações israelenses e disseram que nenhum homem armado estava na escola.

O incidente ocorreu em meio a relatos conflitantes sobre as expectativas em relação aos resultados das negociações visando encerrar a guerra em Gaza, marcadas para quinta-feira (15). O Hamas, no domingo, lançou dúvidas sobre sua participação nos diálogos.

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