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27/06/2011 - 12h08

Knox briga com cúmplice em julgamento por assassinato na Itália

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DA REUTERS, EM ROMA

A estudante americana Amanda Knox brigou nesta segunda-feira com seu cúmplice, o marfinense Rudy Guede, em uma audiência de apelação na corte de Perugia, na Itália.

Knox foi sentenciada a 26 anos de prisão em dezembro de 2009, por sua participação no assassinato de sua colega de quarto, a britânica Meredith Kercher, 21. O seu namorado à época, Raffaele Sollecito, e Guede, também foram condenados por participação no crime.

Guede voltou ao tribunal nesta segunda-feira para negar o testemunho, na semana passada, de seu colega de prisão Mario Alessi --que afirmou ao juiz que o marfinense confessou a ele que Knox e Sollecito são inocentes, em um momento de recreação na prisão Viterbo.

Stefano Medici/Associated Press
Amanda Knox é escoltada ao tribunal em Perugia, na Itália
Amanda Knox é escoltada ao tribunal em Perugia, na Itália

Guede insistiu que Knox é culpada pelo assassinato e a jovem americana gritou a Guede para que "conte a verdade".

Guede disse nunca ter discutido o assassinato com Alessi e que o criminoso estava claramente sendo manipulado para defender Knox. O marfinense reiterou ainda sua defesa de que Knox e Sollecito foram os responsáveis pelo assassinato de Kercher.

O marfinense nega ter matado Kercher mas, ao contrário de Knox e Sollecito, admitiu ter estado na cena do crime na noite do assassinato e evidência de DNA mostra que ele manteve relações com a britânica.

Knox disse à corte estar "chocada e angustiada" com o testemunho de Guede e apelou a ele que contasse a verdade.

"Ele sabe que nós não estávamos lá e a única vez que Rudy, Raffaele e eu estivemos juntos foi em uma corte", disse a americana. "Eu sinto que não posso dizer a ele que o melhor jeito de compensar por seus erros é contar a verdade".

De acordo com a versão da promotoria, na noite do crime, 1º de novembro de 2007, Knox e seu namorado italiano se encontraram no apartamento em Perugia que ela dividia com Kercher e outros dois estudantes. No local estava ainda Guede.

Knox convenceu Sollecito e Guede a participar de um jogo sexual com Kercher, que acabou em violência. Eles alegam que Knox ficou furiosa com a britânica por criticar sua promiscuidade e falta de higiene. Elas teriam começado a discutir e os três atacaram a estudante britânica, agredindo-a sexualmente e a matando em seguida. De acordo com os promotores, provavelmente o trio agiu sob a influência de drogas e álcool.

O corpo de Kercher foi encontrado seminu e trancado em seu quarto, repleto de sangue. Ela tinha uma ferida profunda na garganta.

O DNA de Knox está no cabo de uma faca de cozinha que teria sido usada no assassinato e o DNA de Meredith na lâmina. Eles alegam ainda que o DNA de Knox e de Sollecito estava no fecho do sutiã da britânica.

A promotoria acusou ainda Knox e Sollecito de terem quebrado a janela do quarto para dar falsos indícios de um assalto e atrapalhar as investigações.

Os três envolvidos alegam inocência. A defesa de Knox argumenta que o objeto seria grande demais para produzir os ferimentos no corpo de Kercher, e que o DNA achado não é suficiente. Para tal, pediram uma reavaliação no tribunal de apelações.

 

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