Domo é eleito melhor novidade e melhor bar para comer de São Paulo

Com acústica de causar inveja a qualquer audiófilo, casa é acompanhada de uma trilha sonora escolhida a dedo pelos DJs

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São Paulo

Os talheres ainda nem tiveram tempo de se desgastar, e Dōmo já foi eleito a melhor novidade e o melhor bar para comer em São Paulo. Desde o início de julho em soft opening na região central, tem reserva disputadíssima —conseguir uma mesa pode demorar mais de um mês. O salão também fica disponível para quem quiser se aventurar, mas se prepare para a fila de espera.

Denis Fujito e a dupla Flávio Seixlack e Rodolfo Herrera —os mesmos donos do Takkø, café que serve brunches dignos de nota—, resolveram arriscar uma empreitada noturna na mesma rua, Major Sertório, no quarteirão que antecede o Minhocão. O local, que já abrigou uma sapataria dos anos 1950, teve a estrutura mantida —só adaptada para que ali circulem comida, drinques e música boa.

Macarrão frio, bolinho de arroz com kimchi a tartare do Domo
Macarrão frio, bolinho de arroz com kimchi a tartare do Domo - Foto: Keiny Andrade/Folhapress Produção: Ana Requião

Com uma acústica de causar inveja a qualquer audiófilo, o bar também é acompanhado de uma trilha sonora escolhida a dedo pelos DJs, que são convidados a discotecar apenas com vinil. Cashu, Millos Kaiser, Julia Weck, Luis Balcarce, Linda Green e Akin Deckard, nomes da cena eletrônica paulistana, já passaram pela casa.

Não é obra do acaso, tudo é intencional: o empreendimento foi idealizado em torno do conceito jazz kissa, endereços de origem japonesa onde nerds de áudio se reúnem não só para escutar jazz, mas para fazer isso da melhor maneira possível. A versão abrasileirada traz música nacional dos anos 1980, funk, hip-hop, R&B, eletrocumbia, disco e outras referências, ao gosto do DJ do dia.

Já na cozinha, Pedro Pineda, chef que também conduz o Takkø, flerta com a culinária do Sudeste Asiático e convida os visitantes a uma viagem por sabores (bem executados) do Japão, da China e da Coreia do Sul. O caldinho e bochecha, uma composição de bochecha de wagyu na brasa com um caldo feito com nabo e cenoura (R$ 62), é delicioso de colar os beiços.

A ala dos drinques, assinados pela bartender Mari Mesquita, também segue a mesma linha dos pratos. Encontra-se o drinque que combina shochu de cevada, bebida alcoólica japonesa, vermute seco e um extrato feito da mistura de goiaba com açúcar (R$ 42). Escolhida pelos sócios, há uma enxuta carta de cervejas, garrafas e taças de vinho natural.

Posto tudo isso, pode acreditar no hype.

Dōmo
R. Maj. Sertório, 452, Vila Buarque, região central, @domobarsp

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