Make Hommus. Not War é eleito o melhor restaurante árabe de SP

Casa também foi escolhida pelo júri da Folha como o melhor delivery da cidade

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Prato com homus, grão-de-bico e legumes, do Make Hommus. Not War
Prato com homus, grão-de-bico e legumes, do Make Hommus. Not War - Keiny Andrade/Folhapress
São Paulo

Se você acha que já comeu um homus maravilhoso, você está enganado. A não ser que você já tenha provado a pasta de grão-de-bico do Make Hommus. Not War, eleito o melhor restaurante árabe e o melhor delivery da cidade.

É uma experiência transcendental. O sabor é delicado e a textura é suave. O homus desliza na boca, não tem aquelas asperezas encontradas nos homus reles mortais, que engancham na língua.

A pasta de grão-de-bico é protagonista de quase todos os pratos do Make Hommus. Tem o hommus karnabahar, que vem com couve-flor assada, azeite, limão-siciliano e grãos-de-bico crocantes. Tem o faláfel, que reúne homus com faláfel egípcio e salada de tomate e pepino. Para os carnívoros, há o hommus merguez, com linguiça de cordeiro na brasa e molho de escarola, e o do seu Jacó, com quibe de carne bovina e ovo.

"Queríamos mostrar que comida árabe não é só quibe, esfiha e arroz com lentilha", diz Talita Silveira Caffarena, sócia do restaurante. "E também queríamos prestigiar o homus, que é subestimado."

A inspiração do restaurante é a cozinha do "grande Oriente Médio"—tem pratos do Egito, de Israel, do Líbano, da Síria, da Turquia. O chef da casa, Fred Caffarena, marido de Talita, viveu um ano na Turquia, onde mergulhou na cozinha otomana. Depois, viajou para outros países da região.

O segredo do homus imperdível está nos detalhes. O grão-de-bico precisa ficar de molho na água durante 12 horas. O tahine, a pasta de gergelim que é a alma do homus, é feito diariamente no restaurante. O chef não usa o ingrediente importado, em lata, "porque amarga na boca". Fred assa o alho antes de colocar na receita. E conta com a ajuda providencial de um Thermomix, a Ferrari dos utensílios gastronômicos, que pica e mói e só falta falar.

O nome do restaurante teve como inspiração um documentário homônimo, de 2019, que defendia o homus como o prato que pode unir israelenses e árabes.

O Make Hommus. Not War fica em um sobradinho charmoso no trecho não ostentação da rua Oscar Freire, perto da estação Sumaré do metrô. Garçons circulam pelas mesas de aglomerado de madeira usando camisetas com as frases "Amo: homus, odeio: machismo" e "Amo: homus, odeio: racismo".

Talita vai encomendar uma nova camiseta, com a frase "Sou hommus-sexual". Segundo ela, mais de 90% dos funcionários do restaurante são LGBTQIA+. Na Parada Gay do ano passado, ela fechou o restaurante em pleno domingo de alto movimento e liberou os funcionários para participarem do evento.

Depois do homus, a tolerância é a grande estrela do restaurante dos Caffarena.

MAKE HOMMUS. NOT WAR
R. Oscar Freire, 2.270, Pinheiros, região oeste, WhatsApp (11) 99176-5171, @makehommus

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