Com a proximidade das eleições de outubro, voltamos a refletir sobre o futuro que buscamos para o Brasil. A cada quatro anos, milhões de brasileiros vão às urnas em busca daquelas que consideram as melhores propostas e ideias dos candidatos à Presidência da República.
O desejo de todos é praticamente o mesmo --saúde, segurança, educação, ética, moradia, riquezas (no sentido literal da palavra)--, entre outros tantos anseios que buscamos. Somada a todos esses desejos está a geração de empregos.
E esse será um dos principais desafios que o próximo governo terá de vencer. O número de desempregados no Brasil foi de 13 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2018, o que representa 12,4% da população, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mercado de trabalho brasileiro continua mostrando forte desânimo, com 65,6 milhões de pessoas fora da força de trabalho, maior número desde o início da série histórica do IBGE, em 2012.
E não é só esse indicador que preocupa. A previsão de Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 está cada vez menor. O cenário inflacionário, que estava relativamente controlado, piorou, e o Índice de Preços ao Consumidor vem demonstrando isso com clareza. É necessário virar esse jogo enquanto ainda é tempo.
Para mudar esse panorama sombrio, é preciso fortalecer a economia para que se volte a ter geração de renda. Não podemos aceitar que quase 65 mil empresas fechem as portas, como registrado em 2016, num levantamento do IBGE.
Particularmente, tenho bastante confiança de que o setor de construção seja capaz de abrir mais de 200 mil postos de trabalho até o fim de 2018, ajudando bastante a minimizar o grave problema do desemprego no Brasil.
Vejo assim porque estamos falando de uma das indústrias mais importantes da economia nacional, que é capaz de empregar diversos tipos de trabalhadores, dos operários no canteiro de obras aos cargos de lideranças nas mais diversas funções nas construtoras.
Contudo, para o setor gerar empregos é necessário que a economia volte a crescer, que a confiança das pessoas regresse e, consequentemente, que o Brasil prossiga no caminho de uma retomada sustentável da economia. Esse caminho do crescimento dependerá de uma série de projetos importantes para o país, como a moralização da política nacional --que teve sua credibilidade ainda mais abalada pela greve dos caminhoneiros deflagrada em maio, a indefinição sobre a questão fiscal, entre outras importantes pautas que devem ser debatidas.
O setor de construção civil é conhecido por muitos como "termômetro da economia", isso porque influencia diretamente outros setores para o desenvolvimento das cidades, como saneamento básico e mobilidade urbana. Vale lembrar que, em 2010, quando registramos aumento do PIB de 7,5%, a taxa de crescimento da construção civil foi de 13,1%, o que comprova essa teoria.
É simples para mostrar como um setor importante e sensível pode fazer a roda da economia girar.
Grandes obras estimulam a economia brasileira e, consequentemente, aquecem outros setores importantes, gerando empregos e oportunidades. Precisamos concentrar nossos esforços para o que realmente importa nesse momento, para juntos retomarmos o caminho do crescimento.
Acredito no Brasil. Temos um potencial imenso e é dever de todos trabalhar para o desenvolvimento da nação, sempre lutando por bons princípios e propósito acima de tudo.
Independentemente dos resultados das urnas em outubro, o próximo presidente deverá dar uma rápida e contundente resposta para a sociedade. Serão necessárias coragem e força política para colocar em pauta as esperadas (e importantes) reformas da Previdência Social, tributária e fiscal, que impactam diretamente o crescimento da economia nacional. Esse é o jogo da vida dos brasileiros. O caminho é a seriedade, trabalho, responsabilidade e determinação.
Mais 200 mil empregos no Brasil
Com confiança, setor da construção ajudará o país
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