A eleição presidencial, inevitavelmente, é o centro das atenções do ano eleitoral. No caso americano, a repetição do embate entre Joe Biden e Donald Trump, com todas as especificidades em torno dessa corrida, tornam ainda mais difícil falar de outra coisa.
No entanto, o Congresso americano também vive um momento interessantíssimo de disputas que tornam difícil prever quem pode conseguir a maioria nas duas Casas em novembro –e, dentro do Partido Republicano, se trumpistas voltam a prevalecer sobre o establishment.
Até agora, um total de 43 deputados e 8 senadores anunciaram que não vão concorrer a um novo mandato, segundo dados da Ballotpedia. Outros 8 deputados e 2 senadores deixaram já deixaram ou anunciaram que encerrarão seus mandatos antecipadamente.
Se esse ritmo se mantiver, o número até o final do ano pode superar recordes recentes.
A nova composição do Congresso, especialmente da Câmara, cuja dinâmica atual é apontada como uma das mais disfuncionais da história, é fundamental para entender os rumos da política americana, a depender de quem ocupar a Casa Branca.
Um cenário improvável, mas não impossível, é um em que democratas conseguem a maioria nas duas casas, mas perdem a Presidência para Trump. Nesse cenário, analistas levantam a hipótese de o partido tentar usar desde a 14ª emenda para se recusar a confirmar a vitória do empresário, até votar um impeachment assim que ele tomar posse.
Invertendo os sinais, um Congresso dominado por republicanos mais alinhados com Trump do que o atual poderia também causar problemas para um Biden reeleito, munindo-se das alegações que já embasam o processo de impeachment atual contra ele, mas que não avançam por falta de apoio de figuras mais moderadas do partido e pela inevitabilidade de um Senado democrata matar o intento.
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