Sociólogo espanhol tocou na ferida das nossas contradições, afirma leitor
O sociólogo espanhol Manuel Castells, ao afirmar em entrevista à Folha "que a sociedade brasileira não é simpática, e é uma sociedade que se mata"(A imagem mítica do brasileiro simpático existe só no samba, "Entrevista da 2ª", 18/5), tocou o dedo na ferida das nossas contradições sociais e não destoou da nossa realidade. Lógico que não podemos generalizar.
A genocídio dos jovens entre 15 e 29 anos no Brasil, na maioria negros e pobres, é um dos retratos do convívio brutal que ainda existe entre as pessoas aqui no Brasil. E nas redes sociais causa espanto as manifestações de apologia ao racismo, ao machismo, à violência, ao sexismo, à volta de regime de exceção e a extrema falta de cordialidade e respeito quando se está debatendo e não há concordância com terceiros. E também somos uma sociedade hipócrita, na qual a maioria dos cristãos defende a pena de morte.
Karime Xavier/Folhapress | ||
O sociólogo espanhol Manuel Castells durante palestra em São Paulo |
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