Leitores comentam coluna de Hélio Schwartsman sobre aborto
Felizmente nós, mulheres, temos homens como Hélio Schwartsman (Habeas corpus ) e o dr. Gollop (Painel do Leitor ) para nos representar com uma palavra sensata sobre a difícil questão do aborto, em grande parte discutida por homens. Nenhuma mulher decide um aborto, seja por que razão for, tranquilamente. São decisões não raro traumáticas e quase sempre solitárias.
MARIA HELENA RABELO CAMPOS (Nova Lima, MG)
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Posso até achar correta a discordância de Hélio Schwartsman sobre um plebiscito para decidir a descriminalização do aborto, mas fico indignada ao vê-lo tratar a questão como "delegar a vizinhos a decisão sobre o que a mulher pode fazer com suas vísceras". Infeliz e abusada colocação sobre um ato no qual uma mulher decide entre a vida ou a morte de um filho. Chamar aborto de "retirada de vísceras" foi cruel. Sou contra o aborto, mas sei que é um ato desesperado ou impensado. Como julgar?
SILVIA CESARINI (Barueri, SP)
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Correto o texto do Hélio Schwartsman sobre uma decisão de foro pessoal sobre a qual o Estado e a sociedade não têm legitimidade para regular. Por mais bem-intencionados que sejam, tão logo manifestam suas opiniões, retornam às suas rotinas e todas as consequências, boas e ruins, recaem quase que exclusivamente sobre a mulher.
MARCIO MACEDO (Belo Horizonte, MG)
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Excelente e oportuno o artigo de Hélio Schwartsman em um momento que vivemos uma epidemia de vírus da zika, com nascimento de bebês com microcefalia em todo Brasil. Outras questões, como a eutanásia e o uso das drogas, por se tratar de decisões de foro íntimo deveriam ser delegadas ao sujeito, pois não cabe a mais ninguém tal escolha. Agora se isso configura algum "pecado" ou culpa fica na consciência de cada indivíduo e jamais ao Estado julgar ou punir.
ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)
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Concordo com o sr Hélio Schwartsman que a descriminalização do aborto não deve ser decidida em plebiscito e acrescento que não deve ser decidida em nenhum outro lugar, pois já está decidido na Carta Magna sobre "a inviolabilidade do direito à vida" e ponto final. Imaturo afirmar não haver o ser humano completo com poucas semanas de vida. Sobra coragem ao colunista, contudo falta caridade, compaixão e misericórdia àqueles que chama de vísceras e terceiros.
FÁBIO PEREIRA ZAGO (Campo Grande, MS)
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Um plebiscito leva, obrigatoriamente, uma minoria em número e em voz a ser "engolida" pelo que "acha" a maioria. E isso, além de injusto, não raras vezes leva a tiranias e aos mais diversos tipos de abusos, não sendo, por isso, o melhor meio de se resolver a questão do aborto de bebês doentes, pois esses são a parte mais fraca e sem voz.
ANA C. N. SASAKI (São Paulo, SP)
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