'Quando a esmola é muita, a gente desconfia', diz leitor sobre doações
FUNDOS DE PENSÃO
Causou-me estranheza a Folha ter publicado notícias sobre o escândalo dos fundos de pensão no caderno "Mercado", não em "Poder", como de costume. As monumentais fraudes não existiriam sem a participação dos mais altos mandatários do país, que nomeiam presidentes e diretores de estatais conforme sua conveniência.
OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP)
-
ELEIÇÕES MUNICIPAIS
Tem aquele ditado famoso: quando a esmola é muita, o santo (do pau oco) desconfia. E a gente também desconfia. Corram atrás do dinheiro, esse é o caminho ("Servidores dão a vereadores de SP mais do que recebem ).
FÁBIO NOGUEIRA (Itajubá, MG)
*
Com a aproximação das eleições municipais, nunca é demais lembrar o quanto é necessária a valorização do voto. O exercício da "vereança" não pode mais se limitar a dar nomes a ruas e praças. Vereador eleito tem por obrigação fiscalizar atos e ações do prefeito, mas também pode e deve fiscalizar a situação das escolas, hospitais, creches etc. Afinal, é o representante da população na Câmara Municipal.
MARCELO FRICK (Rio de Janeiro, RJ)
-
ERA PT
A Folha me surpreende. O editorial "Balanço de uma época" merece loas. Um belo texto, condensado e explicativo. Sugiro (em vão) a leitura para todos os petistas.
FRANCISCO MÁRCIO DA SILVA (Belem, PA)
-
ENCARCERAMENTO
Genial o artigo de Davi Depiné. Encarceramento não resolve nada. Se resolvesse, não haveria mais crime no mundo. Se pena fosse solução, não teria esse nome. É preciso buscar soluções com amor.
JÚLIO FERREIRA DE OLIVEIRA (Belo Horizonte, BH)
*
Depiné insiste na meia verdade de que o Brasil tem a "quarta posição mundial em número de pessoas presas". Essa informação só tem sentido se relacionada à população. Segundo o International Centre for Prison Studies, o Brasil ocupa a 30ª posição, com 307 presos por 100 mil habitantes — bem longe de Cuba, com 510 presos por 100 mil habitantes. Prisão tem efeito no controle da violência, ainda que se deva modernizar nosso sistema de penas e investir em vagas nos presídios. O custo do preso é alto, mas o custo do bandido solto é maior.
JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO, ex-secretário nacional de Segurança Pública (São Paulo, SP)
-
FAROL NAS ESTRADAS
Sobre a lei que obriga o farol baixo nas estradas, gostaria de dizer que segue a mesma linha daquela que nos obrigou a utilizar o cinto de segurança, criticado no início, mas que, desde então, já salvou milhares de vidas. É mais do que sabido que se vê primeiro a luz e, depois, o veículo. A lei aumenta a segurança nas estradas.
ANTONIO PEDRO DA SILVA NETO (São Paulo, SP)
-
EDUCAÇÃO
O "perfil do nosso professorado" publicado pela Unesco e MEC resulta de pesquisa de 2002. No afã de defender uma escola sem partido, nosso "cientista político" Gustavo Ioschpe achaca o que considera orientações doutrinárias, como incentivar a ação pedagógica voltada para o respeito às minorias e aos conceitos de sustentabilidade, e esquece que "países de ponta" têm uma sociedade mais justa e menos desigual. Rasa, a argumentação presta um desserviço à causa.
ELAINE CALUX (São Paulo, SP)
*
Rosely Sayão afirma que a escola precisa prestar contas à comunidade sobre o trabalho que realiza e que as famílias têm o direito de questionar e problematizar. Por que essas mesmas famílias, quando levam seus filhos aos médicos, dentistas, terapeutas etc., não questionam e nem problematizam os procedimentos realizados por esses profissionais? Por acaso esses procedimentos não poderão fracassar? Por que cobrar apenas das escolas e dos professores?
ÁUREA ROBERTO DE LIMA (São Paulo, SP)
-
COLUNISTAS
Não deixa de ser irônica a coincidência dos títulos nas colunas na página A2. Vanessa Grazziotin pede "Diretas Já". Ao seu lado, Hélio Schwartsman pergunta "Diretas já?". E conclui: "Desconfie, portanto, se o seu partido diz que quer diretas já". Hélio, de novo, acertou na mosca.
GILSON DE PAULA PACHECO (Belo Horizonte, MG)
*
Muito lúcida a reflexão de Mario Sergio Conti no texto "Contestação e quebra-quebra". Eu pergunto: é muito difícil isolar e punir os blacks blocs e demais depredadores?
FELIPE LUIZ G. E SILVA (São Carlos, SP)
-
OBITUÁRIO
Não conheci Alberto, o Tio Bel, mas, pelo texto de Luisa Leite, gostaria de ter tido o prazer. Boa viagem, Tio Bel. Acelere muitos quilômetros de felicidade lá em cima!
RENZO QUERZOLI (Boituva, SP)
-
INDEPENDÊNCIA
O verdadeiro índice da independência de um país é o seu grau de industrialização. Quanto maior a indústria, menor a dependência científica e tecnológica. Honra ao mérito, portanto, aos nossos três maiores presidentes: Getulio Vargas (criou a CSN, a Petrobras e a CLT); Juscelino Kubitschek (indústrias automobilística e naval, criou Brasília) e o general Ernesto Geisel (implantou a indústria de base, pró-alcool e Itaipu e iniciação da abertura democrática). Esses presidentes fizeram com que o Brasil deixasse de ser mero exportador de commodities. E agora?
MARLI MIRA HOELTGEBAUM (São Paulo, SP)
-
LITERATURA
A depender da cobertura literária dos últimos meses do caderno "Ilustrada", a lista dos livros "mais lidos" continuará fraca.
HELENA KESSEL (Curitiba, PR)
-
PARTICIPAÇÃO
Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
Livraria da Folha
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade