Perdemos, adoecemos , morremos, mas desta vez sem arquivamento, diz leitor

Leitores lamentm a morte de José Paulo de Andrade

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Sem arquivamento
Mais uma vez perdemos, adoecemos e morremos, todos, destroçados pela ignorância e ineficácia da gestão federal no combate à Covid-19. Em 27 dias dobramos o número de mortes, e há 60 dias temos um ministro da Saúde interino, incapaz de organizar estados e municípios e cujo ministério usou só 27,2% das verbas para combater o mal. Esse desgoverno faz o país perder 716 mil empresas, e o ritmo de contágio ainda cresce. A bomba desta mortal pandemia vai estourar no colo dos civis e militares incautos e, desta vez, não haverá arquivamento.
Marcelo de Mattos (Santos, SP)

Destroços de carro do atentado a bomba no Riocentro em 1982 - Anibal Philot/Agência O Globo

Reabertura das escolas
"Governo de SP considera ter respaldo para reabrir escolas, mas avalia estratégia para conter pânico" (Cotidiano, 17/7). O correto seria cancelar o ano letivo.
Sidmar Garcia (Aspásia, SP)

Fico realmente preocupado com a saúde das nossas crianças com um eventual retorno. Como existem estudos que revelam que há riscos graves para esse retorno, penso que: 1) meu filho não vai retornar à escola enquanto não existir uma vacina; 2) se deva fazer uma ação coletiva contra o governador responsabilizando-o criminalmente por cada perda que tivermos devido a reabertura. Cadê o Ministério Público?
Alex Vilanova Bispo (São Paulo, SP)

Meus filhos retornarão à escola. Não há saída. Estamos todos trabalhando, sem ter onde deixá-los. Deixar com os avós, parte do grupo de risco? Inviável. Esperar chegar a vacina? No meio de 2021?
Edward Moreira (São Paulo, SP)

Com ou sem estudo, meu filho não volta às aulas enquanto esses números não melhorarem completamente.
Giancarlo de Marchi (Guarulhos, SP)

Pois bem, nem os médicos do mundo inteiro sabem de nada. Aí vem matemático vidente e prevê 17 mil mortes de crianças ("Prefeitura de SP não vai organizar Réveillon na avenida Paulista", Saúde, 17/7). Ah, pelo amor!
Fernanda Ossani de Luca (São Paulo, SP)

#UseAmarelo pela Democracia

Reforçando a luta pela democracia no Brasil, nós, que produzimos o Festival de Arte Contemporânea Psiu Poético, em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, usamos o amarelo para que todos tenham consciência de que para exercer a cidadania precisamos da democracia.
João Aroldo Pereira (Montes Claros, MG)


Educação
Milton Ribeiro, o novo ministro da Educação, é pastor da Igreja Presbiteriana, herdeira da Reforma Protestante, que influenciou o advento das universidades modernas a partir do século 16. Yale, em 1640, Harvard, em 1643, Princeton, em 1746, e a Universidade de Amsterdã, em 1881, por exemplo, foram fundadas por cristãos reformados. A história universitária está imbricada ao cristianismo. Que esses fatos inspirem diálogos respeitosos e frutuosos entre o novo ministro e o meio acadêmico.
Túllio Marco Soares Carvalho (Belo Horizonte, MG)


Desemprego
Sem governo, a situação dos brasileiros continua muito difícil. E a tendência é piorar (Desemprego acelera e 1,5 milhão de vagas são fechadas na última semana de junho", Mercado, 17/7).
Cláudio Márcio Domingues da Silva (Itapecerica da Serra, SP)

O caos do desemprego foi instalado pela Organização Mundial da Saúde, pela China e pelo Supremo Tribunal Federal. Essa turma adora o caos --principalmente para quem quer trabalhar. Eles, principalmente o STF (leia-se, o PT), querem saber quem inventou o trabalho para matar. Não fazem o trabalho deles e ainda atrapalham o dos outros.
Wilson Filho (Belém, PA)


Quem liga para o povão?
Concordo plenamente com o que afirma o ganhador do Nobel na reportagem "Mais pobre é amortecedor de choques econômicos da classe alta, diz Nobel de Economia" (Mercado, 16/7). Não há político que se preocupe com o povão. Nem de direita, nem de esquerda, nem de centro. Uma selva humana, ricos predadores.
Paulo Henrique Zamai (Orlândia, SP)

Sempre foi assim. Reforma trabalhista: só quem perdeu foram os trabalhadores. Reforma da Previdência: só os pobres não poderão se aposentar. Pandemia: só os pobres têm que fazer sacrifícios --e ainda continuar trabalhando, arriscando suas vidas para garantir o lucro dos mais ricos.
Otto Cabral Mendes Filho (Jaboatão dos Guararapes, PE)

A administração da crise tem sido bem feita pelo Poder Executivo e pelo Congresso Nacional. A ajuda aos informais foi bem calibrada. A gestão da logística, afastando o risco de desabastecimento, tem sido excelente. Infelizmente, a Organização Mundial da Saúde demorou a recomendar o uso maciço de máscaras, o que, se tivesse ocorrido antes, poderia ter evitado sobrecarga no sistema de saúde.
José Cardoso (Rio de Janeiro, RJ)

Após a pandemia, quando os pobres estiverem mais pobres, e os ricos, mais ricos, só restará aos primeiros bater na porta dos segundos, exigindo uma redistribuição de renda, nem que seja à força. Temos o paradigma da queda da Bastilha --apesar de que a melhor forma é a pacífica, por meio de leis, sempre negligenciadas.
Giorgio Pietro Saldanha Lima (Recife, PE)


Zé Paulo de Andrade
Todos os dias, ligava o rádio do carro e ia trabalhar ouvindo o José Paulo. Ficava triste quando ele, por qualquer motivo, não estava no ar. Saber de sua ida é como se uma peça fosse retirada desse quebra cabeça chamado vida. Peça insubstituível. ("Ícone do radiojornalismo de SP, José Paulo de Andrade morre aos 78 anos de Covid", Poder, 17/7).
Luciano Silva (São Vicente, SP)

José Paulo de Andrade, o Zé Paulo, de quem fui colega na rádio e na TV Bandeirantes, foi um jornalista comprometido com a informação. Fatos, não versões. Colega solidário e generoso, sempre teve uma palavra de apoio aos mais jovens que iniciavam na profissão. Seu "Pulo do Gato" informou gerações de brasileiros.
Ricardo Viveiros, jornalista (São Paulo, SP)

O jornalista José Paulo de Andrade - Divulgação


*
Cresci ouvindo José Paulo de Andrade na rádio Bandeirantes, antes de vir para o Rio de Janeiro. Não concordava em nada politicamente com ele, mas reconheço o grande profissional que o rádio perdeu.
Vanderlei Vazelesk, professor de história da América da Unirio (Rio de Janeiro, RJ)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.