Leitores da Folha veem qualidade de vida no home office

Produtividade, mais tempo com os filhos e economia de dinheiro foram alguns dos motivos citados

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São Paulo

Trabalhar de casa deixou de ser uma ideia distante, com um tom disruptivo, e se tornou uma realidade para parcela dos brasileiros nos últimos dois anos em meio à pandemia de coronavírus.

Segundo maioria de leitores da Folha consultados pelo Painel do Leitor, a rotina de home office trouxe benefícios e a retomada gradativa das empresas ao escritório não é vantajosa.

Claudia Roveri, 48, é servidora pública municipal em Blumenau (SC), e diz que ainda sente medo da pandemia, um dos motivos pelos quais prefere trabalhar remotamente. Além da segurança, ela se sente mais produtiva.

A profissional de relações públicas Daia Leide, 49, de São Paulo (SP), concorda. "Me concentro muito mais, isolada no meu canto, trabalhando sem barulho."

Assim como elas, outros profissionais gostaram da experiência de trabalhar no conforto do lar. Os motivos mais apontados: economia de tempo, dinheiro e melhora na qualidade de vida. Liberdade e autonomia foram palavras usadas para descrever o modelo, e hábitos como a possibilidade de ouvir música ou vestir roupas confortáveis também justificam a preferência.

Liberdade e autonomia foram palavras usadas para descrever o modelo

Leitores da Folha

em resposta à interação

Para Larissa Miranda Jacinto, 33, o tempo que ganha estando em casa serve para cuidar da saúde e estar mais próxima dos filhos, conseguindo realizar atividades simples, como se reunir com eles para tomar o café da manhã. Entre as desvantagens, de acordo com a analista de importação, está a carga horária estendida. Especialistas já apontaram que o trabalho em casa exige uma regulamentação mais cuidadosa.

A contadora Amanda Coelho de Resende, 32, de Belo Horizonte (MG), também fã do trabalho remoto, indica a menor quantidade de reuniões como uma vantagem da atuação presencial. Já Nivia Pontes de Souza, 36, de São Paulo (SP) é categórica: para a analista de qualidade de software não existem desvantagens no home office.

Ilustração de personagem sentada a frente de um computador espirrando spray na boca
Maioria de leitores da Folha consultados em interação preferem trabalho home office - Ilustração: Galvão Bertazzi

O modelo híbrido, no entanto, foi citado como forma de manter vivas as relações interpessoais. O psicólogo de Recife (PE), Jaime Lima, 54, entre outros motivos, prefere o formato por ser eficiente para aperfeiçoar a prática profissional.

Daniel Arruda, 51, diretor de TI em São Paulo (SP), acredita que este seja o cerne da questão. "Sinto falta de interação com as pessoas no dia a dia. Também acredito que a proximidade física permite um diálogo mais efetivo para tomar decisões rápidas", explicou.

Apesar de ver vantagens como a proximidade da família e a possibilidade de viver fora dos grandes centros no modelo remoto, Daniel foi um dos poucos leitores que relatou preferência pelo trabalho presencial. Além dele, Cláudia Aciari, 52, também da capital paulista, chama a atenção para os perigos que o isolamento pode causar à saúde mental. A funcionária pública federal aponta diminuição de ansiedade e depressão com o trabalho presencial.

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