Em nenhum outro período da história tantas pessoas saíram da pobreza extrema como nos últimos 40 anos. Ao mesmo tempo, porém, na outra ponta, os ricos ficam cada vez mais ricos e a classe média vai sendo espremida entre os extremos.
Com a renda nos países emergentes se aproximando daquela nas nações ricas e com a desigualdade interna nos países em alta, o mundo tem voltado à configuração do final do século 19, quando a ascensão do nacionalismo e do populismo levou aos conflitos do século 20.
A desigualdade no mundo foi tema de uma série especial multimídia publicada pela Folha entre julho e agosto. Os jornalistas Fernando Canzian e Lalo de Almeida viajaram por países de quatro continentes (Europa, América do Norte, Ásia e África) e por cidades brasileiras para relatar a desigualdade nesses locais.
De agricultores no norte da China a moradores de favelas cariocas, passando por economistas e sociólogos que estudam o tema, eles se depararam com diferentes retratos da desigualdade no mundo e com várias visões que sugerem caminhos para reduzir o fosso entre pobres e ricos.
Canzian esteve por três vezes no Café da Manhã para falar sobre a série. Na primeira, relatou a desigualdade que viu nos Estados Unidos e em países ricos da Europa.
Da segunda vez, o jornalista explicou o cenário da África do Sul, considerado o país mais desigual do mundo, e da China.
E, por último, Canzian falou sobre a desigualdade brasileira.
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