Quem ligasse a televisão em 2012 para assistir à MTV ou para ver a novela "Cheias de Charme" provavelmente escutaria "Ex Mai Love", uma das músicas que colocou Gaby Amarantos no mapa da música.
A cantora já era conhecida no Pará há alguns anos nessa época, mas chegava a um novo patamar com o lançamento do primeiro disco, o “Treme”, que colocou o tecnobrega no mainstream.
Nove anos depois do seu álbum de estreia, Gaby Amarantos lança o segundo disco da carreira. “Purakê”, que saiu na última semana, traz uma nova visão para a música do Pará —agora, a madrinha do tecnobrega imagina uma Amazônia futurista e propõe um pop que tem raízes no ritmo paraense, mas não se limita a ele.
O Expresso Ilustrada dessa semana entrevista Gaby Amarantos, que fala sobre o novo disco, retoma a história do tecnobrega, das aparelhagens e do modelo de distribuição da música periférica e também comenta sobre a política brasileira hoje.
“A Gaby do ‘Treme’ tinha uma missão de mostrar essa música que a periferia da Amazônia estava produzindo”, diz ela. “Ninguém sabia o que era tecnobrega, ninguém sabia o que era uma festa de aparelhagem. A gente precisava falar muito desse tema para as pessoas poderem entender. Então por isso que ‘Treme’ era quase todo tecnobrega.”
Com novos episódios todas as quintas, às 16h, o Expresso Ilustrada, podcast de cultura da Folha, discute música, cinema, literatura, moda, teatro, artes plásticas e televisão. A edição desta semana é de Natália Silva, e o roteiro é de Lucas Brêda e Carolina Moraes, que também apresentam o episódio.
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