A atuação da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em dois casos de grande repercussão na semana passada chamou a atenção pelo número de mortes e pelo grau de violência empregado nas ações.

Na quarta-feira (25), em Umbaúba (SE), agentes da PRF prenderam no porta-malas de um carro Genivaldo de Jesus Santos, um homem de 38 anos, negro e com deficiência, e detonaram uma bomba de gás lacrimogêneo no interior do veículo, provocando sua morte por asfixia. Os policiais disseram no boletim de ocorrência que Genivaldo teve "um mal súbito", sem relação com a abordagem.

Um dia antes, a PRF tinha participado de uma operação em conjunto com a Polícia Militar do Rio de Janeiro que deixou 23 mortos na favela Vila Cruzeiro—a segunda ação mais letal da história da cidade. Os agentes disseram que atuaram porque os traficantes investigados participavam de roubos de cargas em rodovias federais.

No episódio desta segunda (30), o Café da Manhã conversa com a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, sobre a atuação da PRF no país, a formação dos agentes e como as mortes da semana passada se relacionam com a política de segurança do governo Bolsonaro.

Ouça o episódio:

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Bruno Boghossian, Daniel Castro e Angela Boldrini, com produção de Jéssica Maes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann e Laila Mouallem.