Num dos melhores shows da última edição do festival, a cantora Ludmilla repetiu um gesto que deu problema à ela na Virada Cultural em São Paulo, meses antes —um "L" com a mão. O vereador paulistano Fernando Holiday, do Novo, entrou com uma representação na Justiça contra a Prefeitura de São Paulo e a cantora devido ao símbolo.
Ludmilla afirmou que o "L" se referia a inicial do próprio nome. Mas a representação veio porque o gesto é mais frequentemente associado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, que é candidato à Presidência neste ano.
Holiday não foi o único a questionar manifestações políticas em cima dos palcos nestas eleições presidenciais. Artistas como Daniela Mercury, Pabllo Vittar e Manu Gavassi, por exemplo, também tiveram que se defender na Justiça.
A legislação não impede que um artista ou o próprio público manifeste apoio, ou repúdio, a candidatos ou partidos durante uma apresentação. Ainda assim, os showmícios são proibidos no país desde a minirreforma eleitoral de 2006.
Mas então até onde os artistas podem, de fato, se posicionar politicamente e participar de campanhas políticas? E o governo pode barrar qualquer artista sobre ações eleitorais? São essas perguntas que o Expresso Ilustrada desta semana destrincha.
Para isso, o podcast ouve Mônica Galvão, advogada que tem entre seus clientes a T4F, a produtora do Lollapalooza, e Guilherme Varella, consultor da Artigo 19 e do projeto Mobile, o Movimento Brasileiro Integrado pela Liberdade de Expressão Artística.
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