Uma cidade em silêncio, à espera de uma guerra anunciada. Depois, uma ação militar sangrenta, que os moradores precisavam driblar para seguir a vida. Uma cobertura jornalística desafiadora, sem redes sociais ou celular, e monitorada pelo regime.
Disparada pelo então presidente americano, George W. Bush, a Guerra do Iraque deixou marcas profundas no país do Oriente Médio, mas também nos Estados Unidos e na geopolítica global. O início do conflito completa 20 anos nesta segunda-feira (20).
A invasão foi baseada na alegação de que o regime de Saddam Hussein dispunha de armas de destruição em massa, que nunca foram encontradas —o que arranhou a credibilidade da Casa Branca, que já tinha atropelado decisão do Conselho de Segurança da ONU contrária à ação militar.
O ditador foi destituído rapidamente, mas os soldados americanos só deixaram o Iraque em 2021, período no qual foram gastos US$ 2 trilhões e mais de 300 mil pessoas morreram (sendo 210 mil civis). Bagdá hoje vive uma crise política profunda e se alinha ao Irã, grande rival dos EUA.
No Café da Manhã desta segunda, o diretor de Redação da Folha, Sérgio Dávila, lembra o período em que cobriu os primeiros 35 dias do conflito e destaca que os sons eram a coisa mais marcante ali. Na segunda parte do podcast, Bárbara Motta, professora da Universidade Federal de Sergipe, analisa as marcas que a guerra deixou, os conflitos na região e os impactos do tema na geopolítica.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laila Mouallem e Carolina Moraes e edição de som de Thomé Granemann.
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