Este sábado (18) marca o início da 11ª semana de grandes protestos em Israel contra o projeto de reforma do Judiciário proposto pelo governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

Os atos têm ganhado corpo a cada semana; no último sábado, foram mais de 500 mil pessoas nas ruas de todo o país, segundo os organizadores. Os manifestantes apontam que a reforma é parte de uma guinada autoritária de Netanyahu, que voltou ao poder em dezembro apoiado em uma coalizão com integrantes de extrema direita.

Críticos ao texto dizem que ele mina o equilíbrio entre Poderes, ao permitir, por exemplo, que o Parlamento derrube decisões da Suprema Corte em votações com maioria simples. O premiê, por sua vez, afirma que a reforma é necessária para conter o ativismo de uma Justiça tendenciosa; ele responde a ações por corrupção, sobre as quais se diz inocente.

Enquanto o governo se mostra inflexível e a oposição se recusa a negociar, figuras como o presidente da República, o chefe do Banco Central, militares da reserva e diplomatas alertam para o risco de a crise escalar.

A reportagem do Café da Manhã acompanhou um protesto na semana passada, em Tel Aviv, e nesta sexta (17) mostra o clima dos atos. Manifestantes e analistas ouvidos pelo podcast explicam como a crise tem aprofundado divisões na sociedade israelense, em um momento de tensões regionais exacerbadas, e de que maneira a postura de Netanyahu impacta a geopolítica global.

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gustavo Simon e Magê Flores, com produção de Laila Mouallem e Carolina Moraes e edição de som de Thomé Granemann.