Depois de 3 meses e 19 dias, o terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve sua primeira queda de ministro. O general Gonçalves Dias, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, pediu demissão nesta quarta-feira (19), após a divulgação de imagens que colocaram em xeque a atuação do órgão nos ataques golpistas de 8 de janeiro.
Vídeos revelados pela CNN Brasil mostram que os vândalos receberam água dos agentes do GSI durante a depredação do Palácio do Planalto e que o próprio Gonçalves Dias circulava pelo local enquanto os atos ocorriam no andar de baixo.
Lula tem uma relação antiga de amizade com o general, que chefiou a segurança do petista nos dois primeiros mandatos. Depois da demissão, o presidente nomeou Ricardo Cappelli, ex-interventor da segurança no Distrito Federal, para comandar interinamente o GSI.
Gonçalves Dias nega ter facilitado a atuação dos golpistas e disse em entrevista à TV Globo que colocou o cargo à disposição para que a investigação seja feita. A Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou que busca responsabilizar "equipes remanescentes" do governo Jair Bolsonaro (PL) por eventuais falhas no 8 de janeiro.
Nesta quinta (20), o Café da Manhã analisa os fatos que levaram à queda do ministro e discute possíveis desdobramentos dela. O episódio ouve Cezar Feitosa e Marianna Holanda, repórteres da Folha em Brasília.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes e Laila Mouallem. A edição de som é de Raphael Concli e Thomé Granemann.
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