Foi um dia histórico, em que os EUA viram pela primeira vez um ex-presidente se tornar réu em um processo criminal. Donald Trump foi a Nova York para ser indiciado por 34 acusações de falsificação de registros comerciais.

As acusações estão ligadas a tentativas de comprar o silêncio de pessoas que poderiam comprometê-lo na corrida presidencial de 2016 —uma delas é a atriz pornô Stormy Daniels, que teria recebido US$ 130 mil para não tornar público um caso com o político. Os valores foram declarados como despesa jurídica, o que seria maquiagem nos gastos de campanha.

O promotor de Manhattan, Alvin Bragg, que lidera a acusação, disse que Trump fez as falsificações para encobrir outros crimes e que ninguém está acima da lei. Os advogados do republicano consideram o indiciamento parte de um complô contra ele.

O ex-presidente ainda é alvo de mais ações, que apuram, entre outras coisas, se ele tentou fraudar as eleições de 2020 e se teve participação na invasão do Capitólio em 2021. Trump já lançou a pré-candidatura à Presidência para a disputa do ano que vem.

No Café da Manhã desta quarta (5), o repórter Thiago Amâncio, correspondente da Folha nos EUA, explica as acusações que pesam contra Trump e discute como ele e os rivais devem fazer uso político do indiciamento. O episódio também analisa quais devem ser os impactos dessa movimentação no discurso da direita populista global.

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.