A aprovação no Senado da medida provisória que formata a Esplanada dos Ministérios não aplacou a crise do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o Legislativo. Para evitar o que seria a maior derrota até aqui na Câmara, o Planalto liberou R$ 1,7 bilhão em emendas e o presidente mobilizou o núcleo político em reuniões de última hora.
Na quarta-feira (31), depois da aprovação da MP na Câmara, a base aliada vendeu a notícia como vitória do governo. Mas, no dia seguinte, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), marcou posição e indicou a aliados que não vai pautar projetos do Planalto enquanto os deputados não sentirem que a articulação política melhorou.
A crise gerou pressão de líderes do Congresso por mais espaço no governo, com alterações no primeiro e no segundo escalão de ministérios para acomodar nomes do centrão. O presidente Lula descartou a medida, por enquanto; disse que só fará uma reforma ministerial se houver uma catástrofe.
O Café da Manhã desta sexta (2) fala do saldo da votação da MP, explica as camadas dessa crise e discute como podem ser as negociações entre Planalto e Congresso daqui em diante. O podcast entrevista Bruno Boghossian, colunista da Folha.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Gabriela Mayer e Magê Flores, com produção de Laila Mouallem e Priscila Camazano. A edição de som é de Thomé Granemann.
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